País continua vulnerável às oscilações no preço do petróleo

País continua vulnerável às oscilações no preço do petróleo

Angola continua vulnerável a choques externos, em particular das oscilações no preço do petróleo no mercado internacional, tendo em conta que a redução do peso do sector petrolífero na economia nacional não se traduziu ainda numa alteração estrutural das exportações e receitas do Estado.

Segundo o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, que discursava nesta Terça-feira, na cerimónia de abertura da 1ª reunião ordinária da Comissão Multissectorial da Hotelaria e Turismo, o peso do sector petrolífero na economia angolana tem estado a diminuir, passando de 58% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 para cerca de 20% em 2016.

Neste contexto, referiu que a diversificação da economia nacional é a solução efectiva para a saída da crise económica e financeira, através da aposta na produção nacional, sobretudo dos produtos da cesta básica, e aposta na produção de serviços que possam gerar recursos em moeda externa e promoção de exportações fora do sector petrolífero.

“Esta é também a solução para o aumento do emprego em Angola, para a erradicação da fome e da pobreza, aumento de rendimentos dos cidadãos e, por conseguinte, para o aumento do bem-estar e da qualidade de vida do povo angolano”, referiu. Realçou que uma actividade que pode ter implicações positivas importantes na balança de pagamentos do país e contribuir para a diversificação das fontes de aquisição de divisas da economia nacional é o turismo.

Para muitos países, disse, o turismo constitui uma das suas principais fontes de rendimento, bem como uma actividade essencial para a vida das nações, devido aos seus efeitos directos nos sectores económico, social, cultural e educacional das sociedades. “O turismo pode trazer para as economias locais rendimentos importantes sob forma de pagamentos de bens e serviços que os turistas necessitam no decurso da sua permanência nos países que procuram”, salientou. Estas operações comerciais, frisou, constituem actualmente cerca de 30% das transacções mundiais do sector de serviços e cerca de 6% da exportação global de bens e serviços.