EXECUTIVO garante que Satélite não desapareceu

EXECUTIVO garante que  Satélite não desapareceu

A informação de que a agência espacial russa Roscosmos perdeu conexão com o primeiro satelite de telecomunicações Ango- Sat 1 ,lançado no último dia 26 de Dezembro, foi confirmada pelo secretário de Estado para as Tecnologias de Informação, Manuel Homem, ontem em Luanda, à saída de uma sessão do Conselho de Ministros. O secretário de Estado fez saber que “o satélite angolano Angosat- 1 fez o seu percurso normal e está em órbita.

POR: Iracelma Kaliengue

O seu lançamento ocorreu no dia 26 do corrente e produziu o seu percurso normal”. Declarou ainda que o satélite “está na órbita para o qual foi planificado e neste momento estamos a evidenciar contactos porque temos sob controlo o satélite” asseverou O político assegurou que “nas próximas oito a dezasseis horas vamos fornecer uma informação oficial sob o seu estado e sua prontidão”. Nas primeiras horas do dia 27, alguns órgãos de informação nacionais e estrangeiros falavam da perda do contacto com o Angosat lançado as 20 horas do dia 26 de Dezembro.

As informações davam conta de que o foguete Zenit-2SB instalou o satélite em órbita com sucesso. No entanto, a conexão com o satélite foi perdida depois de ele se separar do estágio superior do foguete. Os especialistas que trabalham para restabelecer o sinal afirmam que “a conexão pode ser perdida por falha do transmissor, falha na bateria ou computador digital e que é uma situação normal e pode acontecer em qualquer processo”. Os mesmos afirmam que é possível restabelecer a conexão. “Esta é uma situação padrão, isso às vezes acontece. Naturalmente, há chances de que a comunicação e a telemetria com o satélite sejam restauradas, e ela continuará funcionar como de costume”, acreditam os especialistas.

O Angosat representa um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares. Com o satélite operacional Angola passará a ser o sétimo país africano, ao lado da Argélia, África do Sul, Egipto, Marrocos, Nigéria e Tunísia. O satélite angolano foi projetado para uma missão de 15 anos, que consistirá no fornecimento de internet de alta velocidade e transmissões de rádio, televisão e outras comunicações para toda a África e partes da Europa. O aparelho, construído por um consórcio estatal russo, foi lançado com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia, e estava em período de teste até Março, aproximadamente.

Lançamentos falhados

Nos últimos anos, a Rússia conheceu uma série de fracassos nos lançamentos dos seus satélites ou de veículos de carga para a Estação Espacial Internacional, que foram relançados tempos depois. Em Dezembro de 2010, três satélites Glonass, lançados a partir de um foguetão Proton, caíram no Oceano Pacífico depois de falhar a entrada em órbita devido a uma sobrecarga de carburante no lançador. O sistema Glonass foi concebido pela Rússia para competir com o sistema de navegação americano GPS e o futuro sistema europeu Galileu.