Polícia e SIC terão nova estrutura orgânica a partir deste mês

Polícia e SIC terão nova estrutura orgânica a partir deste mês

O Presidente da República, João Lourenço, orientou os ministérios das Finanças e da Construção que encontrassem solução para a construção do novo edifício do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

POR: Paulo Sérgio

O ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, anunciou ontem, em Luanda, que a Polícia Nacional e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) terão nova estrutura orgânica, ainda no decurso deste mês. O governante, que discursava na cerimónia de abertura da última reunião do Posto de Comando Principal de Segurança à Quadra Festiva, explicou que este novo modelo de organização proporcionará uma melhor capacidade de resposta às acções e às responsabilidades destes dois órgãos castrenses.

Anunciou também que o Presidente da República, João Lourenço, orientou ao Ministério das Finanças para, numa primeira fase, encontrar uma solução transitória para melhor acomodar os quadros do SIC, enquanto não encontrar, em parceria com o Ministério da Construção, a solução para a construção do novo edifício para os investigadores. “Também fomos orientados a encontrar soluções para melhorar a capacidade de resposta dos órgãos de Polícia em Angola, nomeadamente a Polícia Nacional e o SIC”, revelou Medidas para travar Fake News Ângelo da Veiga Tavares anunciou, por outro lado, que o Estado vai adoptar algumas medidas para fazer face às Fake News (Notícias Falsas) e suas consequências, na devida altura.

Explicou que nos últimos dias circularam notícias falsas que constituem motivo de preocupação de vários Estados. “Algumas notícias que têm estado a circular, não só em Angola, como em outros Estados, podem pôr em causa a ordem e a segurança dos Estados”, declarou. O ministro do Interior esclareceu que para pôr cobro a esta situação grande parte dos Estados está a tomar algumas medidas de natureza técnica, investigativa e legislativa. “Certamente que o Estado angolano não ficará imune e saberá, em devido tempo, tomar as suas medidas”, disse. Esclareceu que mais do que as medidas de natureza legislativa, o importante é que haja uma educação a nível da sociedade angolana para o respeito ao próximo. Ângelo Veiga Tavares desabafou que os fazedores de opinião, em particular dos jornalistas, devem respeitar o princípio do contraditório e da confirmação.

“Se esse princípio fosse respeitado, o correspondente em Angola do jornal Expresso não se teria pronunciado ou feito referências a falsas abordagens feitas ao ministro do Interior. Portanto, são abordagens inexistentes e, pela sua experiência e nível intelectual, teria evitado colocar em circulação uma notícia com essa falsidade”, frisou. Disse que registou também, com alguma preocupação, o forjar de troca de mensagens entre ele e “pessoas inexistentes”, bem como algumas informações sobre comunicações do titular do poder Executivo. Dirigindo-se aos oficiais superiores dos diferentes órgãos do seu ministério, alertou que devem estar preparados para lidar com este momento particular das Fake News, no sentido de dar as devidas respostas.