Centro de Piscicultura Intensiva do Missombo custa mais de USD 14 milhões

Centro de Piscicultura Intensiva do Missombo custa mais de USD 14 milhões

O novo Centro de Piscicultura Intensiva do Missombo, em Menongue, cuja construção inicia em Fevereiro deste ano, pela empresa subsidiária do grupo Mitrelli, Aquafish, está orçada em 14.720.805 dólares, segundo avançou o director nacional da Aquicultura do Ministério das Pescas, António da Silva, por ocasião da apresentação do Centro de Tilápia do Missongo.

O Centro de Piscicultura de Tilápia do Missombo foi inserido no Programa de Investimentos Públicos em 2014, mas, devido a dificuldades financeiras, não foi possível implementá-lo. Entretanto, o projecto ganhou novo impulso com base num contrato assinado entre o Ministério das Pescas e a Aquafish. Segundo a Ministra das Pescas e do Mar, Vitória de Barros Neto, o centro tem como principal objectivo a produção intensiva de alevinos de peixes com a qualidade necessária para o fomento e extensão da piscicultura na região Leste do país.

“Este empreendimento e outras infra- estruturas básicas de apoio à Piscicultura que estão ser erguidas um pouco por todo país, como por exemplo estações aquícolas e estações experimentais, visam fortalecer a capacidade institucional para que sejam criadas as condições para o desenvolvimento sustentável da piscicultura, a promoção da formação, capacitação e treinamento de quadros nacionais e especializados”, realçou. Acrescenta que o objetivo é dotar os técnicos de capacidades para que assegurem a assistência técnica aos piscicultores, particularmente aos de pequena escala, para aumentar a produção e o rendimento económico das famílias que praticam a Piscicultura.

Vitória de Barros Neto sublinhou que assim poder-se-á contribuir para fomentar oportunidades de emprego, reduzir a pobreza no meio rural e melhorar as condições de vida das populações exemplo estações aquícolas e estações experimentais, visam fortalecer a capacidade institucional para que sejam criadas as condições para o desenvolvimento sustentável da piscicultura, a promoção da formação, capacitação e treinamento de quadros nacionais e especializados”, realçou. Acrescenta que o objetivo é dotar os técnicos de capacidades para que assegurem a assistência técnica aos piscicultores, particularmente aos de pequena escala, para aumentar a produção e o rendimento económico das famílias que praticam a Piscicultura. Vitória de Barros Neto sublinhou que assim poder-se-á contribuir para fomentar oportunidades de emprego, reduzir a pobreza no meio rural e melhorar as condições de vida das populações de Missombo.

A ministra das Pescas disse ainda que a aquicultura garante o repovoamento dos corpos da água com mais e abundantes espécies piscatórias e que esta actividade pode ainda ser utilizada para o cultivo de espécies ornamentais e organismos aquáticos, animais e vegetais, com princípios activos para a utilização na Indústria farmacêutica. Avançou que os produtos provenientes da actividade da aquicultura devem ser integrados na cadeia de abastecimento das pescas, reduzindo desta forma as importações e criar excedentes para a exportação à luz do programa de apoio à produção, diversificação das exportações e substituição das importações, conhecido como PRODESI.

Angola experimenta pela primeira vez nova espécie de peixe

Segundo a ministra Vitória de Barros Neto, o centro será construído numa área de aproximadamente oito hectares e que será um complexo que abrange toda a cadeia produtiva da aquicultura, desde a produção intensiva de alevinos de peixes e o beneficiamento das espécies cultivadas. “Neste centro pretendemos cultivar várias espécies como o cacusso e o bagre, mas também a Carpa, que tem um elevado valor comercial, e vamos, pela primeira vez em Angola, estudar a possibilidade de cultivo desta espécie. É uma espécie muito produzida no mundo e oferece uma boa adaptabilidade às condições climáticas da região. O centro tem como meta a produção de mais de três milhões de alevinos de peixe de qualidade e de pescas de 500 toneladas de pescados por ano”, rematou.

Grupo Mitrelli atrai investimento de USD 120 milhões

O director-geral da Aquafish, Moche Chiko Vakinin, durante a sua intervenção, reforçou que o projecto vai ser construído pelo grupo Mitrelli através da sua empresa especializada em projectos de piscicultura, a Aquafish, graças ao financiamento adquirido pelo próprio grupo Mitrelli em Israel, para a implementação daquele projecto e de outros, no valor total de USD 120 milhões. Sublinhou, entretanto, que ao longo dos 25 anos de presença do grupo em Angola, estabeleceu largas dezenas de projectos em vários sectores como a Agricultura, Comunicação Social, Educação, Águas, Saúde, e, agora, a Piscicultura.

Não é o primeiro centro a ser construído pelo grupo Mitrelli, de acordo com Moche Chiko Vakinin. “Estamos a lançar a primeira pedra para o segundo projecto de Piscicultura em Angola. O primeiro está no Dondo, com o auxílio do Ministério das Pescas e do Mar, que promoveu e aprovou a construção do mesmo”, esclareceu. O dirigente garantiu que no projecto a ser edificado no Missombo serão aplicadas as melhores tecnologias existentes no campo de produção alimentar para peixes, criação e processamento, bem como em todo o sistema de apoio e funcionamento do projecto.