Interclube não paga a Golden Progress há mais de cinco anos

Interclube não paga a Golden Progress há mais de cinco anos

A empresa que se encarrega de negociar o passe de vários atletas de futebol, com sede em Espanha, está há muitos anos atrás do Interclube para ver pagas as importâncias que foram acordadas na transferência de vários jogadores.

POR: Sebastião Félix

A direcção do Interclube deve mais de 100 mil euros à Golden Progress, empresa cuja missão é negociar o passe de atletas que militam nos campeonatos europeus para o Girabola, segundo fontes ligadas a esse dossier.

A empresa que se encarrega de negociar o passe de vários atletas de futebol, com sede em Espanha, está há muitos anos atrás do Interclube para ver pagas as importâncias que foram acordadas na transferência de vários jogadores Interclube não paga a Golden Progress há mais de cinco anos O representante da empresa sediada em Espanha com o número de contribuinte B36589877 manteve os acordos com o clube adstrito ao Ministério do Interior na gestão de José Martinez, na altura presidente do clube. Os acordos de cooperação deram- se entre os 2009 e 2010, pelo que vários atletas chegaram àquela agremiação desportiva pelas mãos de António Serafim Reis Gambôa.

Com o regresso de Alves Simões à presidência do Interclube, as coisas ficaram mais difíceis para a Golden Progress, porque o passivo ainda não foi inscrito nas despesas correntes do clube. Segundo fontes deste jornal, António Serafim Reis Gambôa já contactou várias vezes a direcção actual, contudo a resposta continua a ser a mesma, ou seja, negativa. Em 2010, o Interclube assumiu o compromisso de liquidar os valores da dívida referente a comissão de direitos desportivos económicos dos atletas de futebol Baptiste Faye e Mbaye Diop.

Os valores rondavam os USD 330 mil norte americanos, que seriam repartidos em quatro partes na ordem dos 82 mil e 500, e até aqui não foram cumpridos. Por isso, a Golden Progress espera que o Interclube redefina a sua posição sobre o assunto, uma vez que as pessoas passam, mas os feitos ficam nas instituições, ou seja, as dívidas devem ser pagas independentemente de quem estiver à frente da agremiação. Há cinco anos, a empresa apresentou uma queixa ao Consolado Geral de Angola na cidade do Porto, em Portugal, tendo António Serafim Reis Gambôa intentado uma acção contra o Interclube na Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda.

Mas, o lesado alega que o processo não segue o curso normal, apesar de ter constituído advogados para o efeito nesta causa que já conhece mais de três anos. Nary e Rambé são os atletas que chegaram ao Girabola pela mão desta empresa, segundo fontes deste jornal, por isso o Interclube deve cumprir com as suas obrigações. Este jornal, na semana passada fez vários contactos para ouvir a versão do Interclube, porém sem sucesso. A formação adstrita à Polícia Nacional não atingiu os objectivos que pretendia no Girabola Zap 2017. Por isso, o técnico Paulo Torres começou a preparar mais cedo a época 2018, uma vez que é um dos candidatos à conquista do Campeonato Nacional sénior masculino de futebol.