Catorze grupos da classe B disputam subida de escalão na Marginal de Luanda

Catorze grupos da classe B disputam subida de escalão na Marginal de Luanda

O desfile teve início às 17 horas e 30 minutos. Mensagens e apelos às boas práticas, incentivos, conselhos e protestos destacaram-se nas canções da 40ª edição do Entrudo.

POR: Antónia Gonçalo

Catorze grupos carnavalescos da Classe B desfilaram ontem, na Nova Marginal de Luanda, com o objectivo de ascender de escalão (A), atentos sobre o olhar do corpo de jurado e público. Trata-se dos grupos União Kazukuta do Sambizanga, Unidos do Zango, Unidos 17 de Setembro, União Etu Mudieto, União Kwanza, União Café de Angola, União Giza, União Domante, União Sagrada Esperança, União Amazonas do Prenda, Unidos do Kilamba Kiaxi, União Angola Independente, União Povo da Samba e União Twabixila.

O primeiro a desfilar foi o União Kazukuta do Sambizanga, composto por 250 foliões, apresentou uma canção sobre o Presidente do país, João Lourenço, em sua homenagem. A canção foi da autoria de Pedro Mateus e Sebastião Paixão. Em seguida, o grupo Unidos do Zango, formado por mais de 100 pessoas, desde a falange de apoio, com o estilo de dança Semba apresentou uma canção que enaltecia o desenvolvimento urbano do distrito do Zango. O comandante Zito Francisco, que se mostrou expectante, referiu que “com este tema pretendemos estar entre os cincos classificados”. Ele espera que o corpo de jurado esteja atento e avalie com clareza. O desfile prosseguiu com o grupo Unidos 17 de Setembro, com mais de 300 pessoas. Com muita euforia e a dança Semba, apresentou um tema musical que abordou o valor da paz, através do estilo de dança Semba.

A canção aconselhava ainda os cidadãos a entregarem as armas à Policia Nacional, de modos a evitar acidentes e incidentes. O vocalista do grupo, Mateus de Lemos, realçou que o objectivo do grupo é de voltar a desfilar na Classe A, onde esteve no ano passado. O grupo União Etu Mudieto, formado por mais de 250 cidadãos, foi o 4º a desfilar, e através do Semba apresentou um tema musical que condenava o uso das drogas. Vice-presidente do grupo, Gouveia Pinto salientou que pretendem estar entre os cinco primeiros classificados, ao contrário da participação passada. O desfile prosseguiu com os demais grupos, que com muita euforia, vibração e espectativa apresentaram as suas canções e danças Kabetula, Semba e Dizanda. Para além dos prémios em valores monetários, os grupos pretendem estar entre os cincos primeiros classificados, facto que lhes possibilitará na próxima edição desfilar na Classe A.

Corpo de jurado

O crítico musical Jomo Fortunato presidiu o corpo de jurado- composto por Manuel Pedro Dias Tomás, Nelson Augusto e Sacaneno João de Deus, António Sebastião Vicente “Santocas” e Berrando António “Dikambu”. Alice Berenguel, Cavisita Lemos e Elisabeth Santos, Luís Martins “Xabanu”, Roberto Figueira e Cirineu Bastos, plástico Massongui Afonso, António Gonga e António Tomás Ana “Etona”, António Coelho, Domingos Cristo e Carla Esmeralda também integram o corpo de jurado. Serão avaliados a dança, canção, corte, performance dos comandantes, alegoria e a falange de apoio.

Segurança

Duzentos e 50 efectivos do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) asseguram o evento, num espaço com 300 metros de comprimento e 20 de largura. A maior festa cultural do país teve início no Sábado, com o desfile de 15 grupos infantis da classe C. O desfile central será realizado amanha com a participação de 12 grupos da Classe A. Pela primeira vez, cinco dos grupos animadores vêm das províncias do Cuanza Sul, Huambo, Lunda Norte, Cabinda e de Benguela, enquanto o União Jovens da Cacimba, da Maianga, vai à Nova Marginal na qualidade de homenageado do Carnaval de Luanda.