Trocas comerciais com a China aumentaram mais de 43%

Trocas comerciais com a China aumentaram mais de 43%

No último ano o comércio entre Angola e China registou um incremento superior a 43%, com a balança comercial entre os dois países a ser claramente favorável a Angola em USD 17,7 mil milhões.

As trocas comerciais entre Angola e a China aumentaram mais de 43% no último ano, totalizando USD 22,34 mil milhões, de acordo com as estatísticas dos Serviços da Alfândega da China, citadas pelo Fórum Macau. As exportações de Luanda para Pequim registaram um crescimento mais acentuado do que as importações que Angola faz da potência asiática, mais de 45% e 30,4% respectivamente. A China importou de Angola bens, designadamente petróleo bruto, num valor superior a USD 20 mil milhões e exportou para o nosso país mercadorias avaliadas em perto de USD 2,3 mil milhões. Em 2016 as trocas comerciais entre Angola e China haviam atingido um valor total de USD 15,57 mil milhões.

No conjunto, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa de Janeiro a Dezembro de 2017 foram de USD 117,588 mil milhões, o que traduz um aumento, em termos homólogos, ou seja, na comparação com o ano anterior, de 29,4 %. As importações da China dos países de língua portuguesa foram superiores a USD 81 mil milhões, um aumento homólogo de 32.18 %, enquanto as exportações da China para os países de língua portuguesa foram de USD 36,58 mil milhões, um aumento homólogo de 23.62 %.

O Brasil continua a ser o principal parceiro comercial da China entre os países que falam português, tendo o valor do comércio entre os dois países atingido USD 87,53 mil milhões em 2017, o que representa um acréscimo de quase 30% em relação ao ano anterior. A China exportou para o Brasil bens num valor que supera USD 29 mil milhões e importou mercadorias avaliadas em mais de USD 58 mil milhões. Já Portugal, que figura em terceiro lugar entre os parceiros da China no conjunto dos países de língua portuguesa, viu equilibrarem-se mais os pratos da sua balança comercial com a potência asiática, dado que reduziu as importações que faz de Pequim em 13,8% e aumentou as suas exportações em mais de 34%, com o comércio entre os dois países a atingir USD 5,6 mil milhões.