Diversificação passa pelo e investimento público e privado, diz ministro

Diversificação passa pelo e investimento público e privado, diz ministro

Manuel Nunes, ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, declarou, ontem, em Luanda, que a diversificação progressiva da economia do país e das exportações deve ser feita na base de uma coordenação perfeita entre os investimentos públicos e privados.

O governante que falava na abertura do seminário nacional de auscultação de empresários sobre o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), referiu que os investimentos públicos devem criar as condições necessárias para o aumento da eficiência dos investimentos privados, iniciativa na qual o Estado e o sector privado devem andar juntos, estabelecendo assim uma verdadeira aliança estratégica.

Manuel Nunes reconheceu que a promoção de uma economia sustentada, que gera investimento produtivo e emprego, requer estabilidade política e macro- económica, alinhada ao objectivo do crescimento económico, Infra-estruturas básicas de apoio à produção. O ministro disse que o país deve melhorar o ambiente de negócios e tornar o processo de aplicação de capitais mais célere e eficiente, visando a atracção de investimento directo estrangeiro.

Diversificação é fundamental para o desenvolvimento social

Para o ministro, se Angola não tiver uma economia forte, sustentada e diversificada, não resolverá satisfatoriamente os sérios problemas sociais do país. Lembrou que de 2002 a 2008, Angola registou taxas médias anuais de crescimento de dois dígitos e integrou a lista dos países que mais cresceram no mundo nesse período, um desempenho fortemente influenciado pela dinâmica do sector petrolífero

. No período em referência, a produção petrolífera conheceu um crescimento médio anual de 14% e o preço desta matéria-prima aumentou, em média, 25% por ano, sendo que em 2008 o mundo caiu numa profunda crise económica e financeira que causou a redução drástica do preço do petróleo no mercado internacional. Como consequência desse quadro, no período 2009/2017, a economia angolana continuou a crescer, porém com taxas mais brandas. “A trajectória de crescimento foi crescente até 2013, com um crescimento de 2,39% em 2009, 3,5 em 2010, 3,9 % em 2011, 5,2% em 2012, 6,8% em 2013. Em 2014, a taxa de crescimento baixou para 4,8% e em 2015 foi de 3%. Em 2016 Angola teve um crescimento de 0,1 %”, disse.