Massacre faz 17 mortos numa escola americana

Massacre faz 17 mortos numa escola americana

Max Kellerman, analista do canal desportivo ESPN , resumiu como ninguém a agonia de muitas famílias americanas em relação à ocorrência de massacres nas escolas americanas:

‘Se estivéssemos diante de uma epidemia recorrente, tenho a certeza que já teríamos encontrado a resposta. Não compreendo como é que não temos sido capazes de responder a estes massacres”. Kellerman falava 12 horas depois de mais um massacre num estabelecimento de ensino dos Estados Unidos, desta feita, em Parkland, Flórida. Nikolas Cruz, de 19 anos, é o presumível autor da chacina que fez 17 mortos e mais de 10 feridos, alguns dos quais com ferimentos graves. Este foi o décimo oitavo incidente com armas de fogo numa escola este ano. O último caso do género aconteceu há menos de um mês, numa escola pública de Kentucky.

Neste incidente duas pessoas perderam a vida enquanto que 18 foram parar ao hospital. Segundo as autoridades, Nicolas Cruz accionou o alarme contra incêndios, de forma a atrair as pessoas para um ponto onde seria mais fácil fazer mais vítimas. Mesmo não tendo logrado este intento, Nikolas Cruz, acabou por fazer algumas vítimas. O crime que lhe é imputado, terá sido facilitado pelo facto de estar munido de uma AR-15, uma metralhadora, que como tal permite disparos atrás de disparos. Lançado o pânico e apercebendo- se de que a política e o FBI estavam à porta da escola, Cruz tentou escapar, dissimulando-se entre os estudantes que fugiam do massacre.

Nikolas Cruz era estudante da escola em questão, tendo sido expulso há dois anos por mau comportamento. No período subsequente, “lançou” alguns sinais nas redes sociais, que terão escapado ao FBI, instituição que tinha sido alertada para uma mensagem colocada no YouTube . Assinando com o seu próprio nome, Cruz dizia que aspirava ser “matador profissional nas escolas”. Analistas com background policial observam que o que ele colocou nas redes sociais , não é exactamente crime, e não havendo prisão preventiva nos EUA, não haverá muito a fazer, porque entram em causa direitos consagrados na constituição .

À hora do envio deste despacho, havia a suspeita de que se trata de alguém com distúrbios mentais. A questão em discussão é saber se o massacre desta Quarta-feira vai provocar um debate sério relativamente ao uso de armas por pessoas instáveis e à venda de armas de guerra a qualquer cidadão. O presidente Donald Trump fez uma breve comunicação na qual anunciou uma reunião com os governadores de todos os Estados, com os quais espera analisar a questão da segurança nas escolas públicas e o tratamento reservado a pessoas com distúrbios mentais.