Coreia do Norte classifica sanções unilaterais dos EUA como um “acto de guerra”

Coreia do Norte classifica sanções unilaterais dos EUA como um “acto de guerra”

Donald Trump avisou que caso as sanções aplicadas não surtam o efeito desejado iniciar-se-á “a fase dois”, que poderá ser “difícil”

A Coreia do Norte c l a s s i f i c o u ontem a s últimas sanções unilaterais dos Estados Unidos como um “acto de guerra”, conforme indica um comunicado da agência norte-coreana KCNA. Simultâneamente, o Presidente da Coreia do Sul indicou ontem que uma delegação norte-coreana presente no encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno indicou que Pyongyang está disponível para conversar com os norte-americanos.

Na passada Sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou as novas medidas para isolar a Coreia do Norte, definindo-as como “as mais pesadas sanções já impostas contra um país”. Em causa estão limites impostos a 27 empresas marítimas registadas ou sediadas em países que mantêm relações com a Coreia do Norte.

Donald Trump apelou à “união”, de modo a impedir que a “brutal ditadura” da Coreia do Norte ameace o mundo com a devastação nuclear”, e acrescentou que, caso as sanções aplicadas não surtam o efeito desejado, iniciar-se-á “a fase dois”, que poderá ser “difícil”.

“Consideramos qualquer tipo de restrição contra nós como um acto de guerra”, disse o ministro das Relações Externas da Coreia do Norte, Ri Yong Ho. O Ministério dos Negócios Estrangeiros prometeu ainda “subjugar” os Estados Unidos, caso sejam alvo de “provocações”. “Trump está a tentar mudar-nos através das sanções e das suas palavras hostis, o que revela ignorância sobre o nosso país.

Temos as nossas próprias armas nucleares, uma espada de justiça que nos protege contra as ameaças dos Estados Unidos”, disse o Ministério. Já antes, um porta-voz de Pyongyang afirmara, numa declaração à agência estatal KCNA, que a Coreia do Norte não dialogará de forma directa com a administração de Donald Trump “nem em 100 ou 200 anos”. Entretanto, o Presidente sul-coreano informou da existência de sinais de abertura de diálogo por parte dos norte-coreanos.

Moon Jae-in esteve reunido com uma delegação da Coreia do Norte em Pyeongchang, sede da cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno. Essa cerimónia fica marcada com a presença da filha do Presidente dos Estados Unidos, Ivanka Trump, e da delegação oficial da Coreia do Norte, liderada pelo general Kim Yong Choi. Não estava previsto nenhum encontro entre as duas delegações.