Huambo acolhe acto comemorativo do 56º aniversário da OMA

Huambo acolhe acto comemorativo do 56º aniversário da OMA

A província do Huambo acolhe hoje, 3 de Março, o acto central comemorativo ao 56º aniversário da Organização da Mulher Angolana (OMA), braço feminino do MPLA, partido governante. Movido pelo lema “Mulheres unidas, juntas ao empoderamento”, a organização tem as atenções viradas à salvaguarda dos direitos das mulheres, de Cabinda ao Cunene.

POR: Constantino Eduardo, enviado ao Huambo

A cidade planáltica do Huambo é palco das comemorações do 56º aniversário da maior organização feminina política no país. A secretária-geral da OMA, Luzia Inglês, preside hoje ao acto. Em declarações à imprensa, a responsável política assegurou que a data visa tributar as valorosas combatentes que se bateram para a garantia da independência, facto que conduziu à paz reinante. “Trata-se de um dia em que valorosas combatentes, representando o nosso esquadrão, foram presas.

A direcção do nosso partido achou por bem que tinha que ser considerado o dia (02) de reflexão”, justificou a número um da OMA, em Angola. Luzia Inglês diz que a sua organização está forte, madura e unida, e ciente dos seus desafios. “A OMA é bastante grande. Temos uma organização, a maior que o país tem” e firme no respeito dos objectivos, e orientações emanadas pelos órgãos centrais de direcção do partido. A OMA hoje, do ponto de vista numérico, refere a responsável, não se compara com a do período de criação, pois na altura eram apenas 20 pessoas e, hoje, a agremiação cresceu vertiginosamente alcançando mais de 2 milhões de militantes.

“O que significa dizer que tem muita aceitação e somos muitas”, gaba-se a secretária-geral da organização feminina do partido governante, adiantando que, apesar dos números ilustrativos, a organização, no âmbito das orientações do MPLA, trabalha cada vez mais para aumentar o número de militantes. Recorde-se que a OMA foi fundada em 1962 na Republica Democrática do Congo. As cinco heroínas angolanas, Deolinda Rodrigues, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Teresa Afonso e outras anónimas personificam a luta das mulheres angolanas. Os grandes projectos levados a cabo pela OMA no domínio político, económico, social e cultural circunscrevem-se em acções como educação para a cidadania, educação para a saúde, combate à pobreza, analfabetismo, violência, solidariedade, apoio social e jurídico prestado às famílias vítimas de violência. A sua maturidade e o prestígio alcançado durante estes anos fez com que ela assumisse vários cargos em organizações internacionais.