Rapaz que sofria com displasia Óssea ‘salvo da morte’

Rapaz que sofria com displasia Óssea ‘salvo da morte’

O pequeno Joelson lituai andré, de oito anos, que padecia de displasia Fibrosa Óssea, tumor caracterizado pelo desgaste ósseo resultante em deformidades externas, foi operado na última Sexta-feira, 23, pela equipa cirúrgica do Hospital Américo Boavida

Por: Joel Coimbra

A família André não tem passado noites tranquilas há quatro anos, desde que essa enfermidade lhes bateu à porta. Tal como tinha noticiado o OPÁIS na sua edição 1042, o rosto do pequeno menino estava completamente deformado. Joelson não sentia dores, mas corria o risco de morrer sempre que dormia, pois não conseguia respirar pelas vias nasais, sendo a boca o seu único “refúgio”.

Para evitar o pior, Esperança Lituai, a mãe, não pregava o olho sempre que o seu filho fosse desfrutar deste privilégio a que todo o ser humano tem direito: sono. Entretanto, com a operação a que foi submetido por uma equipa de médicos do Hospital Américo Boavida, avizinham-se dias melhores. Constituída pelos médicos Jorge Leite Velho, Felipe Basulto, Daula Dinis, Hamilton Francisco e Armin, a equipa de cirurgiões caracteriza a operação, que durou 17 horas, como bem-sucedida.

De acordo com Jorge Leite Velho, que falou em exclusivo ao OPAÍS, não houve qualquer complicação na operação, foi retirado o tumor e “hoje [Sábado] de manhã vi o miúdo, está tudo bem. Agora vai estar sob cuidados durante seis meses, pelo menos”, disse, tendo acrescentado que a próxima preocupação é a operação estética.

Recorda-se que o menino Joelson estava impossibilitado de respirar e sentir o cheiro das coisas devido ao estado do tumor. As camadas de carnes cobriam-lhe as fossas nasais. Ao passo que dona Esperança Lituai não dormia para que, caso ele se descuidasse de noite e fechasse a boca, ela a abrisse. Joelson contou ao nosso jornal que o seu maior desejo é voltar a estudar, mas via-se impossibilitado.

Se não fosse o problema de saúde, agravado com a descriminação que sofria sempre que saía à rua, estaria a frequentar a terceira classe. Com esta operação, a alegria cerca a família do menino. “Os médicos foram conversando comigo desde o dia que lhes entreguei o menino. Diziam-me que a operação iria ser de risco e que o pai dele tinha de estar para acompanhar tudo. Graças a Deus, deu certo.

Estamos muito felizes. Deus é grande, opera maravilhas”, manifestou-se dona Esperança. Por fim, a entrevistada agradeceu à dona Elisabete e ao grupo musical Elenco da Paz por lhes terem ajudado nesta luta. Aquele grupo, referenciou, ainda no último Domingo esteve em casa da família e levou, para além de comida, algum dinheiro