Carta do leitor: Precisa-se de reforço na guarnição das esquadras e cadeias

Carta do leitor: Precisa-se de reforço na guarnição das esquadras e cadeias

Exmo. Senhor director do jornal OPAÍS,

Cordiais saudações. Recorro ao vosso jornal para, em meu nome próprio, como contribuinte, e de todos os habitantes da província de Luanda, manifestar a nossa preocupação em relação à fuga de marginais de estabelecimentos prisionais e unidades de Polícia.

Na esperança de que esta mensagem chegue ao ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, e ao Comandante Geral da Polícia Nacional, Alfredo Minga “Panda” e tomem as medidas necessárias para evitar que situações do género se repitam. Pode ter passado despercebido aos menos atentos, mas a fuga de 11 marginais do Comando da Divisão do Cazenga (no último fim-desemana), de dois da Cadeia de Viana (em Fevereiro) e o resgate de um marginal altamente perigoso de uma cela da Esquadra de Polícia do Bita (o ano passado), demonstram quão desguarnecidas estão as nossas unidades de políciais. Senhor director é verdade…

Em caso de dúvida, convido-vos a fazerem uma reportagem a algumas das nossas esquadras de Polícia, depois das 22 horas. O pior é que os nossos operativos do Serviço de Investigação Criminal (SIC ) e da Ordem Pública têm dificuldade de capturar os foragidos. Facilmente pode-se comprovar isso.

Basta ver que mesmo com as fotos dos dois foragidos da Cadeia de Viana espalhadas por diversas artérias da cidade e divulgadas nos diversos órgãos de comunicação social, até agora, a Polícia não os capturou.

É, senhor director, não os capturou, e, até agora, a direcção dos Serviços Penitenciários não veio a público apresentar o relatório do inquérito que visava averiguar se houve negligência dos guardas ou se os referidos presos contaram com a ajuda de algum membro da corporação.

Diante de tal situação, julgo ser imperioso os mais altos responsáveis do Ministério do Interior, da Direcção dos Serviços Penitenciários e do Comando Geral da Polícia Nacional adoptarem algumas medidas para estancar este mal que só aflige os cidadãos de bem.

Gabriel Miranda

Viana, Luanda