Caiu o pano sobre o 8º Encontro de Escritores de Língua Portuguesa em Cabo Verde

Caiu o pano sobre o 8º Encontro de Escritores de Língua Portuguesa em Cabo Verde

O evento no qual Angola se fez representar por um único escritor, David Capelenguela, reuniu mais de 20 escritores oriundos de diferentes países de expressão portuguesa

Texto de: Augusto Nunes

Caiu Sábado o pano sobre o VIII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que vinha decorrendo desde a passada Quinta-feira, 19, na Universidade de Cabo Verde (UNICV), na Cidade da Praia. Com o tema “A Cidade e a Literatura: Conexões entre Cidadania, Criatividade e Juventude”, o encontro promovido pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (AUCCLA) em parceria com a Câmara Municipal da Praia foi aberto pelo ministro cabo-verdiano da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.

Ao basear-se no tema “A Cidade e a Literatura: Conexões entre Cidadania, Criatividade e Juventude”, foco desta edição, o ministro Abraão Vicente lançou o repto aos escritores, convidando-os a refazer o imaginário à volta da Praia, a partir da literatura de modo a tornar-se uma cidade onde todos possam viver com sentido de cidadania. Durante três dias, os mais de 20 escritores oriundos de diferentes países de expressão portuguesa concentraram-se na abordagem de outros temas ligados à valorização da Cultura, a difusão e promoção das literaturas dos respectivos países.

Celebração dos 160 anos da cidade

O encontro, inserido na celebração dos 160 anos da cidade da Praia, a ser assinalado na próxima Segunda-feira,30, também homenageou o ensaísta, crítico e dramaturgo cabo-verdiano Jaime de Figueiredo, nascido em 1905, e falecido em 1974. Um antigo conservador da Biblioteca Municipal da Praia, considerado como um dos grandes vultos das letras do referido arquipélago.

Um outro assunto importante a que se propôs este VIII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, foi o diálogo e a troca de experiências entre os escritores das literaturas dos diferentes países e a sua partilha com a população.

A agenda do encontro contemplou ainda uma exposição de livros e visitas ao Tarrafal de Santiago e à Cidade Velha. João Lourido, coordenador Cultural da UCCLA e dos Encontros de Escritores de Língua Portuguesa (EELP), em conversa com OPAÍS, disse que encontros do género têm incluído outras actividades complementares que, numa perspectiva inclusiva, contribuem para ampliar as reflexões dos escritores a outros públicos envolvendo os cidadãos das cidades onde se realizam os EELP.

Assim, constam entre estas actividades a realização de palestras em universidades, exposições de artes plásticas, feiras de livros, mostras gastronómicas e espectáculos culturais.