Gabinete de Segurança israelita reúne-se de urgência

Gabinete de Segurança israelita reúne-se de urgência

Pelo menos 26 combatentes foram mortos no domingo na sequência dos mísseis disparados contra “posições militares” do Governo sírio

O Gabinete de Segurança israelita foi ontem convocado de urgência para analisar o aumento da tensão na fronteira Norte, na sequência de um ataque com mísseis a “posições militares” do Governo sírio, que resultou na morte de 26 pessoas.

A agência espanhola EFE adianta que os ministros foram convocados para o quartel-general do exército em HaKirya, Telavive. Pela natureza dos alvos, é provável tratar-se de um bombardeamento israelita Pelo menos 26 combatentes, na maioria iranianos, foram mortos na noite de Domingo na sequência dos mísseis disparados contra “posições militares” governamentais nas províncias de Hama e Alepo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), adiantando que se registaram 60 feridos.

A maioria dos combatentes mortos durante este ataque tinha nacionalidade iraniana. Em declarações à agência France-Presse, Rami Abdel Rahman, o diretor da organização não-governamental OSDH, considerou que “pela natureza dos alvos, é provável tratar-se de um bombardeamento israelita”.

Por outro lado, Israel não se pronunciou oficialmente sobre o ataque. Embora o chefe do exército negue, há suspeitas de Israel ter atacado a Síria com mísseis Há décadas que Israel e a Síria estão em guerra, tendo as coisas vindo a piorar com o apoio do Governo sírio ao movimento xiita libanês Hezbollah e pelo Irão, ambos vistos como inimigos de Israel Yisrael Katz, o ministro das Informações, disse, em declarações à rádio do exército, que desconhece o ataque, não deixando de considerar que “toda a violência e instabilidade na Síria é resultado das tentativas do Irão de se estabelecer militarmente lá”, acrescentando que “Israel não permitirá a abertura de outra frente Norte na Síria”.

Enquanto alguns media sírios atribuem a autoria dos ataques às forças norte-americanas e britânicas, outros analistas dizem que a responsabilidade recai sobre Israel. Há mais de sete anos que a Síria está mergulhada numa guerra civil.

Até ao momento, mais de 350 mil pessoas perderam a vida e surgiram milhões de refugiados e deslocados No passado dia 9 de Abril, o Estado de Israel foi acusado pelo Governo sírio e pelo Irão de realizar ataques mortais contra a base militar T4, na província central síria de Homs, que culminou na morte de 14 combatentes.

Há mais de sete anos que a Síria está mergulhada numa guerra civil, na sequência de manifestações que eclodiram na chmada Primavera Árabe, em Março de 2011. Até ao momento, mais de 350 mil pessoas perderam a vida e surgiram milhões de refugiados e deslocados.