Juventude de Viana cancela manifestação prevista para Sábado

Juventude de Viana cancela manifestação prevista para Sábado

A marcha visava pedir a demissão do administrador desta circunscrição, denunciar os problemas sociais que o município enfrenta e apontar possíveis soluções

POR: Ireneu Mujoco

Um grupo de jovens da sociedade civil, formado por naturais e residentes no município de Viana, arredores de Luanda, cancelou a manifestação pacífica que pretendia realizar amanhã, Sábado, nesta circunscrição. Um comunicado de imprensa distribuído esta Quinta-feira, 10, em Luanda, refere que o cancelamento se deve ao facto de o alvo da aludida manifestação, Jeremias Dumbo (Tchilelevika), ex-administrador de Viana, ter sido já exonerado do cargo.

Além de exigir a demissão do antigo administrador, a manifestação serviria também para denunciar os prementes problemas sociais que este município satélite de Luanda enfrenta. A manifestação foi cancelada assim que os jovens se aperceberem da exoneração de Tchilelevika, horas depois de terem dado entrada da carta ao Governo Provincial de Luanda, a fim de dar a conhecer a sua realização, segundo ainda o comunicado.

Subscrito pelos mentores desta iniciativa, Arante Kivuvu, David Saley, Domingos Capanda, Manuel Nito Alves e Marcos Miranda, acrescenta que “sem ter em causa o bom senso concordamos em cancelar a manifestação”. O mesmo documento diz ainda que o cancelamento visa também criar novas metodologias que lhes possibilitem fazer valer os seus direitos e liberdades junto da nova da Administração Municipal de Viana, agora liderada por André Soma.

Entretanto, os subscritores, “em nome da juventude de Viana”, alertam que o cancelamento da manifestação não significa desistência, mas prometem continuar a lutar por uma distribuição justa da coisa do povo, e por uma boa administração do município. “Esta luta pacífica engloba as demolições anárquicas de habitações de jovens, que são construídas com muito sacrifício”, lê-se numa das passagens do comunicado. Apesar deste cancelamento, a juventude promete voltar às ruas para exigir os seus direitos, se a situação assim o impuser.