No meu cubico

No meu cubico

No meu cubico ninguém fica maiado. Tudo se resolve. Para o mais ou o menos grave, o diálogo é a solução. Sai e entra conversa, nas calmas o entendimento impera, é a bandeira da compreensão içada! A minha família de casa não menospreza os ensinamentos. Cada um conhece o seu espaço, sabe onde começam e terminam os seus direitos e deveres.

POR: João Rosa Santos

Nada de trafulhas. Todos sabem como, quando, porquê, e o que fazer. No meu cubico quem erra se desculpa, quem faz bem recebe elogios. Mesmo nas brincadeiras, a sinceridade é predominante. Mentir não faz parte do jogo e somente a verdade vale a pena! A minha família de casa movimenta- se todos os dias, percebe a natureza humana, evita a gravidade das coisas, sabe brincar e encarar os diferentes fenómenos da vida com naturalidade. A perguntite não faz parte do nosso dicionário. Quando em casa, nada de questionar por excesso, apenas saber como foi o dia de cada um, a saúde, descalçar, lavar as mãos, e tudo na boa. No meu cubico, cada um sabe o que faz. Nada de música alta, barulho muito menos. Na hora do pitéu todos à mesa, juntos agradecemos a Deus, em silêncio, pelo pão nosso de cada dia. Aqui ninguém fala de fofoca, do que se desconhece, assuntos de respostas diferentes por falta de evidências ou provas de facto. Monossílabos, evasivas, entre nós nada vale. No meu cubico ninguém diz tudo o que passa pela cabeça ao momento. A linguagem é cuidada e adequada a prole de várias idades que fazem parte da família. Somente os bons exemplos, realizações e acções merecem a atenção colectiva. Em conjunto, todos os dias aperfeiçoamos o amor, o nosso ser e estar, procuramos ser sempre melhores, com referências, criar e transformar continuamente o nosso sentimento de pertença. No meu cubico sou o líder, a democracia funciona. Somos amigos, conquistando cada vez mais afectos, atenção, conforto e mimo, sempre todos por um, um por todos. Esta é uma extraordinária e segura vivência do meu quotidiano, em família.