Mais dois reclusos fogem da Cadeia de Viana

Mais dois reclusos fogem da Cadeia de Viana

Os prófugos, um dos quais capturado, foram condenados pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. Em Fevereiro deste ano, outros reclusos saíram do estabelecimento sem que fossem vistos pelos guardas e continuam desaparecidos até ao momento

POR: Milton Manaça

Três reclusos da penitenciária de Viana, em Luanda, fugiram, ontem, do estabelecimento, por volta das 7:20h, quando se encontravam a trabalhar no campo agrícola, sob vigilância dos efectivos dos Serviços Penitenciários. Muzango Bunga, de 39 anos de idade, e Ricardo Mulunda, de 28 anos (que foi capturado momentos depois), terão escapado pelo muro de vedação da cadeia quando trabalhavam na horta do estabelecimento, segundo o porta-voz dos Serviços Penintenciários, Meneses Cassoma.

Muzango Bunga, o prófugo natural do Uíge, e o seu comparsa Ricardo, nascido na província da Lunda-Norte, foram sentenciados a dois anos de prisão efectiva por posse ilegal de arma de fogo. Os dois, de acordo com Meneses Cassoma, já cumpriram metade da pena. Entretanto, uma fonte de OPAÍS revelou que na manhã de ontem fugiram três reclusos e os guardas prisionais apenas conseguiram recuperar um, já no exterior do estabelecimento de Viana. A fonte acrescentou que houve negligência por parte do guarda que estava a vigiá-los.

“O homem que esteve a fazer escolta ganhou muita confiança neles, por causa de tempo de convivência, e não implementou o que os regulamentos dizem”, explicou. Segundo ainda a fonte, o alargamento da EN 230 afectou a vedação do estabelecimento, tendo parte dela caído e deixado uma abertura que facilita a fuga. Todavia, Meneses Cassoma disse que a área de Inspecção dos Serviços Prisionais está a trabalhar para apurar as circunstâncias da fuga e averiguar se houve negligência ou conluio dos efectivos em serviço.

Não confirma que os reclusos tenham usado a parte aberta da vedação como escapatória, argumentando que foi montada uma esquadra móvel neste local. No dia 9 de Fevereiro do Corrente ano, outros dois reclusos (Bruno Neto e Alberto Nádio, de 18 e 30 anos, respectivamente) fugiram da mesma cadeia e até ao momento não se conhece o seu paradeiro. Sobre este caso, Meneses Cassoma disse que foi entregue ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) e apelou à colaboração da população, nas duas situações, aliás.