Falta de água e electricidade impedem venda de casas da Centralidade do Lubango

Falta de água e electricidade impedem venda de casas da Centralidade do Lubango

Conhecida como a Centralidade da Quilemba, e concluída em 2016, as casas já apresentam um elevado grau de degradação antes de serem habitadas

Texto de: João Katombela, no Lubango

As 8 mil residências da Centralidade da Quilemba, arredores da cidade do Lubango, capital da província da Huíla, continuam sem data para serem comercializadas.

Esta informação foi prestada Segunda- feira à imprensa, na cidade do Lubango, pela ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, à saída de um encontro com o governador da Huíla, João Marcelino Typingue.

Ana Paula de Carvalho, que durante 12 horas trabalhou na província da Huíla, revelou que a demora na comercialização das referidas residências, deveu-se à a falta de serviços sociais básicos, essencialmente água e energia eléctrica.

Segundo informou, apenas 800 habitações já dispõem de água e energia eléctrica, mas em quantidades insuficientes, sendo que o lençol freático é muito baixo em relação ao adequado. Para contornar a situação, nas 8 mil residências já concluídas, das 11 mil, a ministra disse existir já um conjunto de acções entre o sector que dirige e o da Energia e Águas.

Degradação Dois anos após à sua conclusão, algumas residências da Centralidade da Quilemba já apresentam um elevado grau de degradação na sua estrutura física, o que pode perigar a vida dos inquilinos. Sobre esta situação, Ana Paula de Carvalho assegurou que para salvaguardar a integridade física dos futuros moradores, serão feitos trabalhos de intervenção destinados a eliminar as fissuras causadas pelo tempo. “Estas residências, antes de serem entregues, vão beneficiar de uma revisão sem custos para o orçamento do Estado, porque a empreitada tem que ser entregue em boas condições”, garantiu.

Centralidade de Benguela

À semelhança da Centralidade da Quilemba, a governante disse que também não há estação de tratamento de águas na Centralidade de Benguela, um facto que está a atrasar a fase de recepção dos seus primeiros inquilinos. Furos artesianos na Quilemba Segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que também integrou a delegação ministerial que esteve em trabalho na Huíla. Quanto a energia eléctrica, será instalada uma central térmica que poderá alimentar não só os moradores desta nova cidade, mas também os habitantes dos bairros circundantes.