Angola aprimora medidas de prevenção contra Ébola na fronteira com a RDC

Angola aprimora medidas de prevenção contra Ébola na fronteira com a RDC

Apesar de não ter sido detectado nenhum caso suspeito até à presente data, os cidadãos que regressam do país vizinho são obrigados a lavar as mãos com água e sabão antes de entrarem no território nacional.

O sector da Saúde no município do Nóqui, província do Zaire, reforçou nos últimos dias a vigilância epidemiológica no posto fronteiriço com a República Democrática do Congo (RDC), de modo a se evitar a propagação do surto de Ébola para Angola.

Uma equipa de técnicos de Saúde, munida de termómetros e de meios de bio-segurança trabalha diariamente no local onde efectua medições de temperaturas de pessoas que saem da RDC, informou ontem, à Angop, o técnico em serviço, Kinkela Ndamba. A fonte disse estarem disponíveis aparelhos de medição de temperaturas para adultos e crianças, devendo esta situar-se abaixo de 37 graus celsius, sendo que acima desta cifra pode indiciar caso suspeito que deve ser acompanhado pelos profissionais de Saúde. Explicou que existe um centro de quarentena para o acompanhamento de eventuais casos suspeitos de angolanos que regressam da RDC, revelando que na eventualidade de o suspeito ser cidadão daquele país o facto é comunicado de imediato às autoridades sanitárias deste país.

O técnico de Saúde sublinhou que além de medição da temperaturas, os que regressam do país vizinho são obrigados a lavar as mãos com água e sabão antes de entrar no território nacional. Disse que não foi detectado nenhum caso suspeito até à presente data, afastando a possibilidades de a doença propagar- se para o território nacional, pelo facto de o surto estar ainda confinado na região do Equador, noroeste da RDC. A sede municipal do Nóqui dista a 175 quilómetros da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire. Dados oficiais recentes apontam para a morte de 27 pessoas vítimas de Ébola na RDC, onde até 4 de Junho do ano em curso foram registados 58 casos desta febre hemorrágica, dos quais 37 confirmados, 14 prováveis e sete suspeitos.