Angola, Nigéria e África do Sul lideram economia de África

Angola, Nigéria e África do Sul lideram economia de África

O Banco Mundial, considera que Angola, Nigéria e África do Sul continuam a ser as principais economias de África, e afirma, no seu relatório mais recente, que o crescimento dos três países é “determinante para o desenvolvimento da região ao sul do Sahara.

A economia angolana deverá crescer 1,7 por cento este ano e 2,2 por cento em 2019, de acordo com a previsão do Banco Mundial, divulgada num relatório recentemente. Segundo o BM, essa projecção “ reflecte uma maior disponibilidade do câmbio devido aos preços mais elevados do petróleo, ao aumento do preço do gás natural e melhor confiança das empresas”. No documento, a instituição financeira de Bretton Woods sublinha que Angola, Nigéria e África do Sul continuam à frente da economia africana. Segundo as projecções do BM, o crescimento na região deve manter-se em 3,1% em 2018 e a 3,14 em 2019, abaixo da média do crescimento a longo prazo.

A Nigéria deve crescer a 2,1 % este ano e, acreditando que a expansão do sector não-petrolífero vai permanecer modesta devido ao baixo investimento no próximo ano, e a economia daquele país deve ascender aos 2,2 por cento. A África do Sul, de acordo com as previsões, deve crescer 1,4 por cento em 2018 e 1,8 por cento em 2019, à medida que um aumento dos negócios e da confiança do consumidor apoiar uma evolução mais sólida do investimento e das despesas de consumo. O BM reconhece que a África subsariana regista uma modesta recuperação económica, fruto do incremento da produção de petróleo e metais, estimulada pela subida de preços das matérias-primas, pela melhoria das condições agrícolas e o aumento da procura interna.

O documento salienta que vários países da região registaram uma recuperação na indústria transformadora, em decorrência de reformas macroeconómicas e de governação, que aumentaram a confiança dos investidores e consumidores em países como Angola, África do Sul e Zimbabwe. A nota refere ainda que nos países exportadores de petróleo, os défices das contas correntes têm vindo a reduzir, sublinhando, no entanto, que “embora a inflação esteja a diminuir em muitos países, incluindo o Quénia, Moçambique e Uganda, está em valores elevados com dois dígitos em vários outros países, como Angola, Nigéria e Sudão. Em Abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também reviu em alta a perspectiva de crescimento económico de Angola, prevendo que a economia cresça 2,2 por cento este ano e 2,4 por cento no próximo. Para o FMI, o crescimento em Angola deve subir de 0,7 por cento em 2017, para 2,2 por cento em 2018 e 2,4 por cento em 2019, o que mostra uma melhoria de 0,6 pontos percentuais e de um ponto percentual, respectivamente, face às previsões das Perspectivas Económicas Globais de Outubro do ano passado.