Secretário-geral do mPlA considera autarquias um novo desafio para fazer política

Secretário-geral do mPlA considera autarquias um novo desafio para fazer política

Apontou que a preparação dos quadros para os órgãos do poder local deve continuar a ser uma grande prioridade dos trabalhos partidários

POR: Iracelma Kaliengue

Paulo Kassoma discursou, ontem, em Luanda, na abertura da 6ª Reunião Metodológica do Departamento do Comité Central do MPLA. Na sua intervenção, sublinhou que a institucionalização das autarquias no país constitui um grande desafio para a política nacional, e vai introduzir uma nova dinâmica na maneira de fazer política dentro do partido. Fez saber que a preparação dos quadros para os órgãos do poder local deve continuar a ser uma grande prioridade dos trabalhos partidários. Por esse facto, enfatizou que o lema da reunião, “o MPLA e os desafios das eleições autárquicas”, expressa a importância que o MPLA reserva para os desafios das eleições autárquicas. Sublinhou que o encontro acontece na sequência da segunda Reunião Metodológica Nacional sobre planeamento dos trabalhos do partido realizada a 17 de Março deste ano.

Objectivos

Segundo o político, a reunião teve como foco principal identificar os principais estrangulamentos de natureza política e organizativa, em relação aos níveis de mobilização e organização do MPLA. Serviu também para analisar a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de participação e empenho dos dirigentes, quadros e militantes, para enfrentar e vencer os próximos desafios políticos, sobretudo as primeiras eleições autárquicas em Angola. Afirmou que as acções levadas a cabo pelo partido têm permitido uniformizar os métodos de actuação, intensificar o trabalho de proximidade de dirigentes e quadros com base nos cidadãos, visando, desta forma, a solução dos problemas do povo. “A política de quadros instituída pelo MPLA, observa o capital humano como um elemento fundamental e central de todas as transformações políticas, económicas, sociais e culturais em Angola” ressaltou. Paulo Kassoma declarou ainda que o MPLA pugna pelo reforço da sua capacidade institucional através “da elevação da eficiência e da organização política e governativa”, dedicando uma especial atenção ao fortalecimento contínuo das habilidades e competências dos seus quadros.

Plano estratégico

Disse que o planeamento estratégico é uma argumentação de capital importância de que o partido dispõe para “prover, gerir, desenvolver e capacitar de modo adequado política e ideologicamente os seus quadros, sempre com o propósito de superar os desafios que se colocam”. O secretário-geral do MPLA frisou que a reunião foi um fórum aberto para o debate de ideias e para colher contribuições e propostas sobre os instrumentos de orientação metodológica que possam melhorar o trabalho do partido. Deste modo, declarou que as matérias constantes na agenda de trabalho do encontro apontaram para uma importante reflexão em torno de quatro eixos fundamentais. O primeiro tem a ver com o ajustamento da estratégia do MPLA para a política de quadros, debruçar- se sobre novos instrumentos de gestão dos quadros do partido, zelar pelo plano nacional de formação dos dirigentes e trabalhadores do MPLA, e, por último, destacar a importância de promover a formação política e ideológica dos quadros do MPLA.

Dignificar o bom nome do Partido

Assinalou que os titulares de cargos de responsabilidade política devem ser os primeiros detentores das actividades que dignificam o bom nome do partido. “Devem ser quadros de referência social e moral, para que possam influenciar positivamente os cidadãos, muito especialmente a juventude”, referiu. Acrescentou que “queremos quadros competentes com elevada consciência patriótica e convicção política, aliados com os princípios e valores do MPLA na sua orientação ideológica, assente no socialismo democrático” apontou. Observou que o MPLA tem consciência de que a construção do partido e o desenvolvimento harmonioso da sua estrutura organizativa dependem da qualidade dos seus quadros e o seu grau de comprometimento do partido com a causa do povo angolano. Declarou que é imperioso lançar a Escola Nacional de Formação do partido, pois “deve ser uma prioridade do nosso trabalho ideológico impactar positivamente na nossa forma de pensar e agir”.