Investimento directo estrangeiro situou-se em USD 8.559,01 milhões em 2017

Investimento directo estrangeiro situou-se em USD 8.559,01 milhões em 2017

O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) apurado em 2017 fixou-se em 8.559,01 milhões USD, que corresponde a uma redução de 36,2% face ao ano anterior.

A redução da entrada de capitais estrangeiro para realização de investimento em Angola tem registado reduções contínuas desde 2014, altura em que os preços das commodities começaram a registar reduções significativas nos mercados internacionais. Por outro lado, o registo de saídas de IDE de Angola para o resto do Mundo situou-se em 12.455,26 milhões USD, o que corresponde a 11,3% do Produto Interno Bruto de 2017. Em termos líquidos, a diferença entre a entrada e a saída do IDE, fixou-se em -3.896,25 milhões USD, ou seja, o país em 2017 investiu mais no estrangeiro comparativamente a obtenção de fluxos provenientes do exterior.

O saldo da balança de pagamentos apurado em 2017 situou-se em -6.414,89 milhões USD. A balança de pagamentos referente ao ano de 2017 registou défice de 6.414,89 milhões USD, após ter apresentado superavit de 403,99 milhões USD no ano anterior. O agravamento da balança global, em cerca de 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB), reflecte a necessidade de financiamento da economia, o que resulta, fundamentalmente, da redução do desempenho do Investimento Directo Externo (IDE) líquido, do aumento das despesas na conta de serviços e dos rendimentos líquidos em 387,2%, 14,4% e 38,1%, respectivamente. Importa realçar, que o actual défice é o maior nível verificado desde o início da série histórica do BNA, em 2008.

O défice da balança corrente referente ao ano de 2017 atingiu 942,73 milhões USD. A balança corrente referente ao ano de 2017 registou défice de 942,73 milhões USD, que representa uma melhoria de 69,3% face ao nível apurado no ano anterior. O resultado reflecte, essencialmente, o incremento registado na rubrica de bens, em 40,2%, resultante da variação positiva das exportações do sector petrolífero em cerca de 25,4%. Por outro lado, destaca-se que durante o período em análise os défices apurados nas contas de serviços, rendimentos líquidos e de transferências correntes líquidas agravaram-se em 14,4%, 38,1% e 0,3%, respectivamente. A contracção da economia associada à reduzida disponibilidade de divisas no país continuam a atenuar o nível de procura por produtos externos.

O crédito à Administração Central reduziu 0,4% no mês de Maio face ao período anterior. O crédito à Administração Central registou redução de 0,4%, no mês de Maio face ao mês anterior, ao fixar-se em 1.135,78 mil milhões AOA. A definição de políticas que reduzão as despesas públicas, plasmadas no Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM), aliada à melhoria na arrecadação de receitas no sector petrolífero, impulsionadas pelo aumento da cotação internacional do barril de petróleo, poderão explicar a redução do crédito captado pela Administração Central. Destaca-se que as necessidades de financiamento do Orçamento Geral do Estado desempenham um papel determinante para a absorção de crédito no mercado financeiro por parte da Administração Pública. Por outro lado, alguns objectivos como, o financiamento de tesouraria e de projectos estruturantes na economia poderão influenciar a captação de crédito pelo Estado na economia.

Espaço Internacional

Reino Unido O Banco Central manteve inalterada a taxa de juro de referência em 0,5%, o mesmo nível desde Novembro de 2017. A decisão foi impulsionada pela manutenção da taxa de inflação, que manteve-se estável pelo segundo mês consecutivo ao longo do mês de Maio, ao situar-se em 2,4%, um nível 0,4 p.p. acima da taxa de inflação target do Banco Central, tal como pela perspectiva de crescimento da economia em 1,75% para o ano de 2018. Adicionalmente, o Comité de Política Monetária decidiu manter o programa de compras de títulos do governo em 435 mil milhões GBP, estimando-se que a redução do montante acontecerá apenas quando a taxa de juro de referência atingir 1,5%, e a compras de títulos corporativos em 10 mil milhões GBP.

Japão

A balança comercial apurada em Maio registou défice de 578,3 mil milhões JPY, uma redução de 139% face ao saldo anterior. O aumento dos preços do petróleo está entre as principais razões para o registo do défice, ao contribuir com 2,5% para o aumento das importações. Em termos homólogos, as importações japonesas aumentaram 14%, para 6.901 mil milhões JPY, enquanto as exportações incrementaram 8,1%, para 6.323 mil milhões JPY.

África do Sul

As taxas directoras poderão manter- se estáveis até finais de 2019. A taxa de inflação homóloga atingiu 4,4% ao longo do mês de Maio, uma desaceleração de 0,1 p.p. face ao mês anterior. A contribuir para a ligeira desaceleração da taxa de inflação está a variação nos níveis de preço dos “Alimentos e bebidas não alcoólicas” em 0,6%, o que representa uma redução de 0,1 p.p. Destaca-se que o último relatório do Fundo Monetário Internacional sobre as Perspectivas Económicas da África Subsariana estima que a taxa de inflação deverá atingir 5,6% até o final do ano corrente, o que representa uma aceleração de 0,9 p.p. face ao ano anterior.