Jim Mattis na China

Jim Mattis na China

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, escalou Beijing, Terça-feira (ontem), para reuniões com altos líderes chineses, enquanto o mundo aguarda por sinais de que a Coreia do Norte está a tomar medidas destinadas a desmantelar o seu programa nuclear.

Espera-se que as negociações norte-coreanas estejam no centro das discussões ao longo das reuniões de Mattis na China. Beijing é considerada uma influente chave sobre Pyongyang e o presidente chinês, Xi Jinping, disse na semana passada que a China “como sempre desempenhará um papel construtivo” no processo. Kim esteve em Pequim para uma visita de dois dias na semana passada e manteve encontro com Xi.

O presidente chinês disse na ocasião que esperava que Pyongyang e Washington implementassem plenamente o resultado da recente cimeira entre Trump e Kim. Autoridades de defesa acreditam que a China pode exercer influência sobre a Coreia do Norte, estimulando as negociações, porque Beijing também deseja uma península coreana desnuclearizada. Um alto funcionário dos EUA disse que, brevemente, ficará claro se a Coreia do Norte está seriamente empenhada em implementar os acordos. Os EUA apresentarão à Coreia do Norte uma série de exigências e um cronograma para as várias fases da desnuclearização, frisou o funcionário sob anonimato.

O funcionário não forneceu pormenores referentes aos pedidos ou como seria a linha do tempo. A forma como Pyongyang responder, sublinhou o funcionário, indicará se Kim está a proceder de boa-fé. Espera-se que Mattis mantenha encontros com uma série autoridades ao longo da sua visita a Beijing, incluindo diplomatas norte-americanos e altos líderes militares chineses. No entanto, não está claro quanto os progressos de Mattis com os líderes chineses afectarão a turbulenta guerra comercial entre os EUA e a China. Trump já impôs tarifas de 25% sobre o aço importado e 10% sobre o alumínio e na semana que vem, os Estados Unidos começarão a taxar USD 34 biliões em mercadorias chinesas e, posteriormente, adicionarão tarifas sobre outros USD 16 biliões em produtos. Beijing prometeu ripostar imediatamente com as suas próprias tarifas sobre a soja e outros produtos agrícolas dos EUA, um tiro directo aos defensores de Trump no coração da América.