Produtos nacionais vão abastecer o mercado

Produtos nacionais vão abastecer o mercado

O secretário de Estado para a Economia, Sérgio Mendes dos Santos, garantiu que o país terá, dentro de pouco tempo, produção nacional suficiente para abastecer o mercado interno, dando assim resposta à necessidade de redução das importações e aumento das exportações

Texto de: Brenda Sambo

Executivo continua apostado no fomento da produção nacional, no sentido de garantir o consumo de produtos nacionais, ao invés de importá-los de países vizinhos e não só. Neste sentido, o secretário de Estado para a Economia, Sérgio dos Santos, que falava durante o “Primeiro Congresso de Produção Nacional” que acontece desde ontem, em Viana, referiu que “estão identificados alguns produtos nacionais capazes de desempenhar esse papel como, por exemplo, as hortícolas e os tubérculos”, disse.

Segundo o responsável, a produção de hortícolas e de alguns tubérculos, sobretudo a mandioca são produzidos em grande escala que o país atingiu já a auto-suficiência e podem servir para substituir as importações No domínio da indústria, prosseguiu, a de bebidas já substitui actualmente a importação, uma vez que a produção de bebida é suficiente para abastecer todo o mercado nacional.

“Portanto, o país está num ritmo acelerado de crescimento da produção nacional”, considerou.

Por outrp lado, sublinhou que a conjuntura económica que provocou a redução de divisas no mercado contribuiu para que houvesse redução das importações. Por isso, o dirigente mostra-se confiante e acredita que durante o quinquénio (2018-2022) o país poderá atingir bons resultados em termos de produção nacional e assim deixar de importar bens que pode produzir localmente.

“Durante o quinquénio 2018/ 2022 Angola vai atingir bons resultados em termos de produção nacional”, reforçou. Mais de USD 900 milhões do Angola-Investe O Programa Angola-Investe financia mais de 500 projectos com USD 900 milhões.

Segundo o governante, todos os programas elaborados pelo Executivo são avaliados trimestralmente e o Angola Investe é um deles. Sérgio dos Santos afirmou que “O Estado desembolsou recursos financeiros para sustentar a bonificação dos juros, a criação do Fundo de Garantia de Crédito e o Fundo Activo de Capitais de Risco Angolano (FACRA), no valor de USD 450 milhões. Considerou satisfatórios os dados do Angola-Investe, sublinhando que o programa será reforçado, “porque as condições da economia alteraram e a banca não tem assim tanto dinheiro para emprestar, assim como o Estado também está com dificuldades”, justificou.

Apesar do contexto de dificuldades, desejou que o programa alcance melhores resultados no quinquénio 2018/2022, na perspectiva da economia crescer ao menos no sector não petrolífero, a um ritmo de 5,1% por ano.

Apontou que outro obstáculo no acesso ao crédito tem sido a falta de garantias, os empresários devem começar os seus negócios, geralmente não têm garantias para dar aos bancos e depois surgem os problemas dos juros. Lopo de Nascimento apela a mais União entre os empresários Antigo Primeiro-ministro de Angola entre 1975/1978, Lopo do Nascimento foi conferencista principal no I Congresso da Produção Nacional organizado pela Confederação Empresarial de Angola, em Luanda.

Para o político reformado, é necessário que os empresários se unam na busca de soluções para os problemas comuns, sublinhado que “a desunião na classe empresarial constitui motivo de tristeza”, lamentou. Segundo ele, não é bom que existam várias associações no país, no entanto, cada uma prefere lutar para os seus interesses, outras ainda se apunhalam pelas costas quando deveriam atingir os mesmos objectivos.

“A união faz a força e a divisão nos enfraquece. É preciso pensar- se mais na defesa dos associados”, sugeriu.

Sobre o congresso

O I Congresso da Produção Nacional, uma promoção da Confederação Empresarial de Angola (CEA), conta com a participação de centenas de empresários de diferentes áreas de negócio, provenientes das 18 províncias do país, numa discussão alargada sobre a contribuição do empresariado no relançamento da economia nacional.