O Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA) mandou instaurar um inquérito para
investigar as causas do afundamento da embarcação CATANGOLA 1, no terminal marítimo
Capossoca, em Luanda. A embarcação que estava submersa já foi resgatada
Texto de Maria Teixeira
Um catamarã de 119 lugares, atracado há alguns meses no terminal marítimo do Capossoca, no embarcadouro para o Mussulo, em Luanda, afundou, ontem. As autoridades marítimas estiveram no local do incidente para o resgatar e tentam à todo custo conseguir uma solução técnica viável, para a reposição da flutualidade.
A embarcação se encontra inoperante por questões técnicas, e não faz parte do leque dos 4 (quatro) navios de transporte marítimo de passageiros, nomeadamente Cacuaco, Panguila, Luanda e Macôco, que mantêm as suas rotas e seu funcionamento normal.
A referida embarcação que du-rante alguns anos foi utilizada como o principal meio de transportes de cidadãos do Porto de Luanda ao embarcadouro do Mussulo afundou no cais onde se encontrava atracada, diante dos olhos dos trabalhadores da empresa gestora dos catamarãs, TMA Express, e o resgate apenas foi possível por volta das 17 horas.
O director-geral do IMPA, Victor de Carvalho, disse que as causas reais do afundamento da embarcação estão a ser investigadas, e que mandou instaurar um inquérito para o apuramento dos factos. “Temos orientações superiores para se instaurar um inquérito para derivar as responsabilidades e saber quais as reais causas do incidente.
Agora estamos a remover para se atracar num outro local, de forma a que seja devidamente observado”, explicou, na altura da remoção do Catamarã, em exclusivo ao OPAÍS. Ainda assim, aproveitou para tranquilizar o público, referindo que a embarcação não estava em funcionamento e que, apesar de se encontrar parcialmente afundada, não há qualquer registo de perdas humanas ou danos ambientais.
O director disse ainda tratar-se de uma embarcação que foi comprada em segunda mão e não tem nada a ver com as outras quatro embarcações que foram encomendadas pelo Ministério dos Transportes. Suspeita de furo como causa Com capacidade para transportar 119 passageiros, encontravase inoperante desde Outubro do ano passado.
O referido meio de transporte está a cargo da empresa TMA Express e suspeita-se que um furo esteja na base do afundamentoao ter facilitado a penetração da água.
O processo de remoção de CATANGOLA 1 durou mais de duas horas, na presença dos responsáveis do Ministério dos Transportes, comportada pela sucussão da água até tirá-lo do fundo. Trabalhadores da TMA podem paralisar na Segunda-feira Por outro lado, os trabalhadores dos Transportes Marítimos de Angola (TMA Express) estão há seis meses sem salários e ameaçam paralisar os trabalhos nos próximos tempos.
O grupo de trabalhadores acusa a direcção da empresa de não honrar os contratos, uma situação que deixa o colectivo daquela empresa triste. Os trabalhadores que falaram sob anonimato ao OPAÍS, com medo de represálias, contam que têm sido ameaçados e que são proibidos de criar uma comissão sindical na empresa, sob pena de despedimento.
“Trabalhamos todos os dias e cumprimos com as nossas obrigações, mas também temos famílias para sustentar e estamos cansados com isso. É possível que na Segunda-feira venhamos a paralisar completamente com os trabalhos”, afirmam.
1 Comentário
Julia Ventura Sáb, 30 Jun 2018 às 17:14
O barco virooouuuu, deixaram virar.
O barcoviroou, deixaram virar.
Foi por causa do menino ….
Que o barco virou.
Tem de fazer inquerito, mesmo. Tem de apurar responsabilidades. Tem pelo menos 10 jovens desempregados que poderiam ter formado um especie de cooperativa-empresa-biscato, seja o que for, e ganhar a vida com esse barco catamara a funcionar. Dois na reparacao e manutencao, dois na limpeza, dois na conducao ou pilotagem, dois na cobranca, dois na contabilidade, ou uma na contabilidade e outro nas vendas. Estao a brincar com a falta de empregos, e’ o que ‘e.