Ministro de Estado defende aceleração da produção de gás natural

Ministro de Estado defende aceleração da produção de gás natural

Manuel Nunes Júnior enfatizou a necessidade de uma maior produção de gás natural

Texto de: Borges Figueira

Na abertura do Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, o Ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social de Angola, Manuel Nunes Júnior, disse que a história económica recente de Angola demonstrou que a economia ainda é muito vulnerável.

Neste aspecto particular, o governante realçou as oscilações no preço do petróleo no mercado internacional, pese embora tenha ocorrido uma redução no peso do sector na economia nacional, daí que essa redução ainda não se traduz numa alteração estruturada das exportações e das receitas do Estado “É crucial que o sector dos petróleos continue a gerar os recursos financeiros necessários para financiar o resto da economia, para torná-la mais sólida e sustentável, para que se inicie um novo ciclo de estabilidade menos dependente do petróleo”, disse.

prosseguiu, lembrando que “Temos o desafio de acelerar a produção de gás natural não associado e a optimização da produção de gás associado para fornecimento à Angola-LNG”. Segundo Manuel Nunes Júnior, entre 2013 e 2016 o sector petrolífero registou taxas de crescimento negativas, com excepção de 2015, devido a problemas de carácter operacional, tais como manutenção das instalações e equipamentos, declínio natural dos campos em produção e atraso na entrada em produção de no vos campos.

Segundo o ministro de Estado, o plano de desenvolvimento nacional para o período de 2018 a 2022 define com clareza os objectivos assim como as políticas e as metas a serem atingidas por este sector neste quinquénio. Por sua vez, o ministra dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro de Azevedo, revelou que durante os primeiros meses de actuação, além das actividades administrativas no âmbito da fusão dos dois ministérios, o seu pelouro trabalhou duramente na resolução da situação crítica que a indústria petrolífera vivia na altura, em consequência da baixa do preço do petróleo e da insatisfação por parte das empresas petrolíferas que operam em Angola. Afirmou que os problemas tinham como base o excesso de burocracia, o incumprimento das obrigações financeiras, bem como a falta de investimentos na exploração com objectivo do aumento das reservas petrolíferas e não só.

“No âmbito da indústria do petróleo e gás, a Sonangol é uma das abrangidas no processo de reestruturação, cujo objectivo é responder ao Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022, que tem como pano de fundo impulsionar e intensificar a substituição de reservas, visando atenuar o declínio acentuado da produção de hidrocarbonetos”, frisou.

Prosseguindo, afirmou que é fundamental garantir a auto-suficiência em termos de produtos refinados, através da construção de novas refinarias e ampliação da existente, assim como melhorar a rede de distribuição de combustíveis e lubrificantes em todo o território através do aumento da capacidade de stockagem.