Descerrada placa de classificação de Mbanza Kongo como Cidade Cultural da Humanidade

Descerrada placa de classificação de Mbanza Kongo como Cidade Cultural da Humanidade

A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, procedeu ontem, 8, o descerramento da placa de classificação de Mbanza Kongo como Património Cultural da Humanidade, no quadro do seu primeiro aniversário desde a sua classificação, a 8 de Julho de 2018 pela UNESCO

Texto de: Antónia Gonçalo, enviada a Mbanza Kongo

Durante o acto que contou com a presença de várias entidades nacionais e internacionais, o Governador provincial, José Joanes André, a ministra da Hotelaria e Turismo, Ângela Bragança, o embaixador da Republica de França acreditado em Angola, Sylvain Itté a ministra efectuou ainda a entrega de um certificado da UNESCO ao Governador provincial, que comprova a classificação da cidade como património mundial.

A acção que serviu para assinalar a data contou ainda com a presença do ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, o Governador da Lunda Norte, Ernesto Muangala e o representante da República Democrática do Congo e do Reino de Espanha, que prestigiaram e enalteceram a elevação da cidade.

Segundo a ministra da Cultura, a presença de entidades internacionais representam que Mbanza Kongo passou a ser um património do mundo.

“É uma honra e um orgulho para o país, facto que representa que toda a nação angolana está de parabéns. Esta festa está a ser materializada com manifestações de alegria, espiritualidade e regozijo que sentimos desde que chegamos”, disse a ministra.

A dirigente da cultura no país avançou que o governo angolano está a prestar todo o apoio para que Mbanza Kongo seja o modelo de gestão, conservação e de relançamento de património mundial, e para tal conta com apoios dos parceiros que abraçaram o projecto, em particular a República Francesa e a TOTAL, assim como o apoio de investigação e técnico prestada pela UNESCO, para que Mbanza Kongo seja um modelo de gestão, a favor do desenvolvimento sustentável.

Novas inscrições Quanto a inscrição de outros monumentos e sítios históricos coma a localidade do Cuito Cuanavale (Cuando Cubango), do Complexo Rupestre de Tchitundo Hulo (Namibe) e do Corredor do Kwanza a património da humanida- PEDR O NICODEMOS de, Carolina Cerqueira referiu que estão a trabalhar com o objectivo de que as candidaturas sejam feitas e aceites.

“Os técnicos estão organizados, foram criadas as condições técnicas, liderada pela nossa secretaria de Estado para o património Cultural (Maria Piedade de Jesus). Posteriormente com a ajuda da UNESCO vamos preparar os dossiers”, avançou. Voz local Por sua vez, O Governador, José Joana André, referiu ser um orgulho o descerramento da placa e a entrega do certificado, demonstra por isso ser um acto que engrandece ainda mais a cidade histórica, que tem provocado um maior número de turistas quer nacionais como estrangeiros.

“Se verificarmos Mbanza Kongo de ontem certamente, não é o de hoje. Estamos a construir muitas vias urbanas desde já, o que está a dar maior qualidade de vida e uma beleza aos municípios, em particular a Mbanza Kongo, com a inauguração de mais uma via construída, no âmbito do programa que temos de vias urbanas”, afirmou.

O governador apontou ainda a inauguração de unidades hoteleiras com 120 quartos, que totalizam mais de 350, que segundo ele visa corresponder a demanda de turistica que Mbanza Kongo pode receber. Avançou igualmente o anti-projecto do futuro Museu dos Reinos do Kongo, que será construído no perímetro do novo aeroporto que também será edificado na província.

Património Mbanza Kongo, capital do antigo Reino do Kongo é detentora de um património material e imaterial excepcional. A cidade foi inscrita na lista do Património Mundial da Unesco a 8 de Julho de 2017, durante a 41ª Sessão do Comité deste órgão, que decorreu na cidade de Cracóvia, Polónia.

Dada a importância deste feito histórico, o 8 de Julho foi adoptado como o Dia da Província do Zaire. Nesta data o Comité do Património Mundial da Unesco declarou por unanimidade Mbanza Kongo, vestígios da capital do antigo Reino do Kongo, como património mundial e a sua inscrição na lista consagra o valor universal excepcional de uma propriedade cultural ou natural, para que seja protegida em benefício da humanidade.