Vandalização: Museu de Arqueologia em Benguela assaltado pela 13ª vez

O museu Nacional de arqueologia, situado em Benguela, foi outra vez assaltado, na madrugada de ontem, quinta- feira, 12 de Julho de 2018. Sendo esses actos repetitivos, foi, uma vez mais, apresentada queixa à Polícia Nacional local

POR: Zuleide de Carvalho, em Benguela

O Museu de Arqueologia, Monumento Histórico à beira da Praia Morena, município e província de Benguela, não está à margem do preocupante índice de criminalidade que afecta a sede municipal, e foi ontem assaltado pela 13ª vez. Situado “às barbas” do Governo Provincial (traseiras), Ministério do Interior e Assembleia Nacional (à esquerda) e, do Palácio de Benguela (à direita), ainda assim, é alvo de furtos na calada da noite, nos últimos anos. Indignados com mais esta ocorrência deplorável, os funcionários esperam que, desta vez, a Polícia encontre os marginais, para que a Lei os puna, por atacarem um património de história e cultura.

Nesta saga de assaltos, 11 foram na antiga Açucareira de Angola, Monumento Histórico, onde funcionavam os serviços administrativos do Museu de Arqueologia até há três semanas e dois foram ataques ao edifício do museu. Na véspera desta Sexta-feira, 13, foram roubados no museu três computadores, impressoras e um carrinho de mão, recentemente comprado. Nos assaltos anteriores, os materiais furtados foram igualmente informáticos. Assim, ontem de manhã, quando os funcionários do museu chegaram ao serviço, encontraram o espaço desprovido do habitual equipamento informático que suportava os trabalhos rotineiros da instituição.

Porque a porta de entrada não foi arrombada nem forçada, trabalhadores presumem que o autor do crime possua uma cópia das chaves do museu, classificado Património Histórico e Cultural. A escritora Paula Russa, colaboradora sénior, trabalha há décadas no Museu Nacional de Arqueologia. Tendo acompanhado o processo da sua elevação a Monumento Histórico, sente-se como que pessoalmente atacada, com mais este acto criminoso. Com o director do museu ausente, há outra pessoa a interinar e, até à tarde de ontem não se conhecia a totalidade dos furtos, porque armários de arquivos foram encontrados abertos, sem explicação, faltando fazer-se o inventário.