Sector diamantífero aberto ao empresariado sul-africano

O sector diamantífero está a trabalhar para que as maiores empresas sul-africanas de exploração de diamantes possam actuar em Angola, declarou na Sexta-feira, 20, em Luanda, o administrador para a área do Planeamento Estratégico e Operações Minerais da Endiama, Laureano Paulo

O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN/20182022), aprovado em Abril último pelo Conselho de Ministro, para o sub-sector dos diamantes, projecta um aumento considerável da produção, passando dos actuais 8,9 milhões para 13,8 milhões de quilates por ano, crescimento expressivo que será impulsionado pela entrada em operação de várias minas, com destaque para a de Luaxe.

Em declarações à imprensa, durante uma visita efectuada por empresários da África do Sul à sede da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Laureano Paulo sublinhou que o volume de negócio neste sector é considerável, estando neste momento a ser feito um trabalho considerável relacionado com o carácter geológico, e a participação da África do Sul será de uma grande valia para o sector, tendo em conta a sua experiência.

“Nesta fase há uma certa abertura e mudanças nas políticas de comercialização, estando as trocas comerciais boas, mas esperamos que sejam satisfatórias. Estamos a trabalhar para que as reservas potenciais do país se convertam de facto em reservas reais”, disse. Acrescentou que o sector está a trabalhar em novos projectos, avaliando o estado actual dos projectos existentes, perspectivando os novos kimberlitos que estão disponíveis.

Reconheceu as potencialidades da África do Sul, um país com uma grande tradição no sector diamantífero. Por seu turno, a directora do Departamento de Comércio e Investimento no Continente da África da Sul, Zanele Sanni, disse sentir-se cada vez mais encorajada a priorizar o mercado angolano, de modo a aprofundar as relações.

Explicou que a missão empresarial que se encontra no país, desde Segunda-feira em prospecção do mercado, é uma continuidade dos compromissos assumidos pelos dois chefes de Estado, respectivamente João Lourenço e Ciryl Ramaphosa. “Com a realização deste encontro foi possível obter as perspectiva do sub-sector dos diamantes, para depois orientar os nossos empresários sobre as áreas a priorizar.

A visita visou fazer um levantamento, fizemo-nos acompanhar de uma delegação interessada em outros sectores, como transportes, agricultura, se existir interesse dos empresários estamos aqui para promover a concretização dos seus desideratos”, referiu.

Neste momento, o sector de exploração em Angola tem 12 empresas. Em relação aos projectos em exploração, existem três kimberlitos e 9 aluviões, sendo que a maior parte da produção vem dos kimberlitos, com destaque para o de Catoca na província da Lunda-Sul.