trump defende criação de ramo militar espacial

trump defende criação de ramo militar espacial

Aos cinco ramos que já tem, nomeadamente Marinha de Guerra, Força Aérea, Exército, Guarda Costeira e Corpo de Marines, os Estados Unidos poderão juntar mais um às suas forças armadas: o Ramo Militar Espacial

POR: Michael Brown, em Nova Iorque

Na Terca-feira, o vice presidente Mike Pence apresentou as linhas de força por detrás do plano de criação deste novo ramo. O anúncio feito propositadamente no Pentágono, como é conhecido o Departamento de Defesa dos Estados, representa o arranque oficial de uma campanha para cujo sucesso a Casa Branca precisa do apoio de membros do Congresso e da elite militar. Se tudo correr a contento, o novo ramo será lançado em 2020. Avançada inicialmente por Donald Trump em Junho, esta ideia fica condicionada à aprovação do Congresso, o qual tem a última palavra, tanto na libertação de fundos, quanto na sua oficialização.

Pence disse que chegou a hora de preparar o próximo capítulo da história das forças armadas americanas, num contexto do qual, “os melhores e mais bravos americanos serão chamados a travar e a eliminar as novas ameaças”. O vice-presidente dos Estados Unidos pediu ao Congresso para que liberte 8 mil milhões de dólares para gestão dos sistemas de segurança espacial nos próximos cinco anos. A ideia desta inovação partiu do Presidente Donald Trump, para quem esta seria a melhor maneira de responder aos desafios da próxima grande competição, ou seja, o domínio militar do espaço. Analistas citados por vários media referem a China e Rússia como representando uma séria ameaça a segurança espacial americana. A proposta encontrou sinais de resistência, sobretudo junto de militares que apontam o facto de a força aérea dispor de um Comando Espacial servido por cerca de 35 mil efectivos.

O general Paul Selva, vice-presidente da Junta de Chefes de Estado Maior, disse que actualmente o Pentágono tem 18 mil civis e militares ocupados especificamente com operações espaciais, entre as quais a monotirização de 140 satélites. No ano passado, o secretário da Defesa Jim Mattis enviou uma carta ao Congresso na qual manifestou reservas ao acréscimo de estruturas organizacionais e administrativas ao exército. Esta semana, Jim Mattis disse que estava em completa sintonia com a ideia de se olhar para o espaço, o qual vale a pena ver como território para dominar. Sem ser exactamente uma declaração inequívoca de apoio, estas palavras representam uma evolução no seu pensamento. Alguns membros do Congresso, republicanos e democratas são a favor da ideia. A criação formal do programa será conduzida por um civil, com a categoria de adjunto do secretário da Defesa. O seu trabalho deverá desembocar na criação de uma Secretaria de Defesa Espacial, independente.