Huíla pode não implementar IV A em 2019

A província da Huíla ainparada não tem todas as condições criadas para implementar o Imposto do Valor Acrescentado (IVA) já em 2019, considerou hoje o presidente da Associação Agro-pecuária, Comercial e Industrial (AAPCIL) da Huíla, Paulo Gaspar. Ao falar à Angop, à margem do programa de auscultação pública da proposta do Código do IVA, promovido pela AGT, disse faltarem condições básicas, como uma energia eléctrica estável e permanente para que o mesmo tenha sucesso. Apesar de considerar ser um “imposto mais justo” e aplaudir a sua inserção na estrutura tributária do País, referiu que as condições básicas para cobrança do IVA ainda não estão criadas, pois a província ainda não está totalmente electrificada e este é um imposto de facturação electrónica. Referiu que a província vive “sérios” problemas no fornecimento de energia eléctrica, sendo que o município do Lubango é o único que está a 40% preparado, mas nos restantes o abastecimento desde serviço tem sido apenas das 18 horas às 24 horas, socorrendo-se em muitos casos de fontes alternativas. Uma vez que é um imposto de facturação informatizado, apontou que a maior parte dos empresários não terão acesso ao portal das Finanças para procederem ao pagamento dos seus impostos, pois a sua operacionalização será de forma electrónica e a ser assim, sem energia, sem Internet não é possível, fazer a sua dedução. “Se formos pela forma como se está a pensar dos grandes contribuintes passarem directamente pelo IVA e outros ficarem ainda no actual Imposto de Consumo, teremos um grande problema, pois os pequenos quando forem comprar aos grandes, vão comprar com o IVA, mas a estes como não podem cobrar o IVA eles vão cobrar imposto de consumo”, alertou.