Pólo industrial têxtil vai apoiar sector hoteleiro

Pólo industrial têxtil vai apoiar sector hoteleiro

No próximo ano, o grupo 5 a Sec, engajado no sector das lavandarias, abrirá uma indústria têxtil para apoiar o sector hoteleiro, fazer entregas ao domicílio e oferecer formação profissional, através de um investimento de USD 200 mil, revelou a CEO do grupo, Paula Machado.

Instalado no centro logístico de Talatona, o futuro Pólo industrial vai fabricar produtos têxteis de lar em larga escala, fardamentos e outros. “Temos um espaço definido no centro logístico do Talatona, onde estão a ser erguidas as futuras instalações que vão albergar o Pólo Industrial e o centro de formação. O novo Pólo Industrial vai produzir carpetes e têxteis de lar e hotelaria em larga escala, tal como lençóis, toalhas, fardamentos e outros itens”, avançou Paula Machado, CEO do grupo 5aSec. Acrescenta que o pólo industrial vai empregar, no mínimo, 20 colaboradores e será inaugurado em 2019.

Em relação ao investimento na aquisição de máquinas, refere que estão em negociações com algumas indústrias para acerto de preços. Todavia, avança que o investimento vai rondar os USD 200 mil. Até ao fim do ano, a 5 a Sec prevê inaugurar duas lavandarias, perfazendo um total de três em Luanda, com tecnologia de ponta e serviços especializados. Neste momento, uma já está instalada e outra será aberta nos próximos dias. Sublinha que o investimento obedeceu ao processo normal, que passa, em seu entender, por três níveis de cálculo, nomeadamente, conservador, moderado e optimista.

“O nosso nível conservador dizia que deveríamos tratar 150 peças de roupa por dia, enquanto o nível optimista contemplava 400 peças”, revelou. Segundo ela, o normal é ter 25 a 35 % de fluxo nas primeiras semanas e subir gradualmente até aos 100%. No entanto, desde o primeiro dia de trabalho que executam uma média de 120 peças/dia, uma marca próxima ao objectivo diário. Segundo Paula Machado, decidiram abrir uma nova loja em Luanda, porque os accionistas verificaram que os clientes angolanos enviavam as suas roupas a Portugal e Espanha para serem tratadas, particularmente nas lojas do Colombo, por causa da qualidade dos serviços prestados. Temos a lavandaria normal, destinada à lavagem de roupa a seco, no entanto, especializou-se no tratamento de têxteis para cuja limpeza aplica um produto específico de limpeza a seco denominado caveele. Trata-se de um sistema ecológico e que protege as roupas, e é muito mais eficaz. “Temos serviços de acabamento, impermeabilização anti- ácaros e anti-traças. Além disso, criamos um sistema de lavandarias denominado “Máxima”, que tem outros tipos de produtos”, revelou.

Expansão por Luanda

Paula Machado avança que há dois planos de expansão distintos, o primeiro consiste em atingir todos os municípios de Luanda, e que têm a obrigação de abrir três lojas por ano. Adiantou. Todo o processo está a ser repensado tendo o nível de solicitações de serviços aos demais municípios”. “Em 2019 pretendemos abrir lavandarias 5asec têxteis em todos os municípios de Luanda. Por outro lado, queremos expandi-las para as províncias, onde pretendemos dar todo o apoio, desde a construção das infra-estrutura, aquisição de equipamento e a formação dos funcionários”, esclareceu. No âmbito da sua expansão, nos próximos 15 dias, no Shopping Xyami, na Urbanização Nova Vida, uma lavandaria será inaugurada, enquanto há uma outra em construção no Shopping do Gika. Brevemente será a vez de Viana, cujo processo está em estudo. “Cada loja tem um custo de EU 115 mil, apenas com os equipamentos. Este projecto de criar três lojas por ano fica na ordem de USD 1 milhão”, detalhou.

Presença no mundo

A gestora explicou ainda que a expansão da empresa teve início, de França para toda Europa, seguindo-se-lhes a América, sobretudo para o Brasil onde atingiu outros níveis, estando a actuar em franchising. “Nos próximos meses vamos contar com uma nova estrutura nos Emiratos Árabes, concretamente no Dubai”, avançou.