Pelo menos 30 soldados nigerianos morreram em combate com os jihadistas do Boko Haram que invadiram uma base militar no Nordeste, perto da fronteira com o Níger, disseram duas fontes militares neste sábado
Dezenas de jihadistas em camiões invadiram a base na vila de Zari, no Norte do Estado de Borno, na Quinta-feira passada, e ocupam-na brevemente após uma feroz batalha, disse o grupo rebelde. “Eles vieram em grande número em camiões e carregando armas pesadas e soldados engajados numa batalha que durou uma hora, disse um oficial militar em entrevista a agência AFP.
“Eles oprimiram as tropas que foram forçadas a retirar-se temporariamente antes que os reforços chegassem”, completou o mesmo oficial, que pediu para não ser identificado porque não estava autorizado a falar. O Boko Haram intensificou os ataques contra alvos militares nos últimos meses.
Os ataques parecem contrariar repetidas reivindicações dos militares de que o Boko Haram foi derrotado. Os jihadistas capturaram armas e equipamentos militares antes de serem empurrados para fora da base por tropas com apoio aéreo, disse uma segunda fonte militar que deu o mesmo número de mortos. De seguida, os jihadistas foram perseguidos e bombardeados por um avião de combate, comentaram as fontes militares.
“Os terroristas também sofreram grandes baixas nos bombardeamentos”, declarou um dos oficiais militares. Zari está localizada a 30 quilômetros da cidade de Damasak, na fronteira com o Níger. Acredita-se que os jihadistas atacaram a base da aldeia vizinha de Garunda, onde 17 soldados foram mortos e 14 feridos num ataque a outra base militar no mês passado, disseram as fontes.
Num comunicado divulgado na Sexta-feira, as Forças Armadas nigerianas confirmaram que as tropas lutaram contra os “insurgentes” do Boko Haram, que atacaram para saquear a comunidade e extorquir dinheiro dos moradores. A insurgência do Boko Haram, que dura há nove anos, deixou já 20 mil mortos e desalojou 2,6 milhões. Soldados e civis também foram alvejados em ataques separados no vizinho Chade e no Níger.
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