Sindicato reafirma abertura do diálogo para evitar despedimentos

Sindicato reafirma abertura do diálogo para evitar despedimentos

O Sindicato das Indústrias de Bebidas e Similares de Angola (SIBSA) reafirmou Sábado, no Lubango, o compromisso de continuar a dialogar com os empregadores de empresas filiadas à organização em todo país, para se poder acautelar eventuais despedimentos colectivos anárquicos, que ultimamente se verificam por alegada situação conjuntural

O compromisso citado pela Angop, nesta cidade, pelo Secretário-geral do Sindicato das Indústrias de Bebidas e Similares de Angola, Goncalves João Brandão, à margem da cerimónia de empossamento do novo líder do sindicato de trabalhadores da empresa de cervejas N’gola e Colca, Igor Baptista, que substitui, Paulo Canganjo, que exerceu as mesmas funções durante quatro anos.

Segundo disse, o sindicato já tem mantido desde 2015 diálogo social e permanente com empregadores para que, em vez dos despedimentos colectivos, se opte por um outro tipo de negociação colectiva e mais abrangente. Apesar de não revelar o número de trabalhadores já despedidos, considerou que, quando um trabalhador perde um emprego, pressupõe um impacto social negativo na vida das suas famílias e esta é uma das preocupações com que o sindicato tem estado a persuadir alguns empregadores para se criar mecanismos de permanência.

“Temos situações muito antagónicas porque, no ponto de vista dos empregadores, reduzir os trabalhadores por via de despedimento colectivo é uma solução, mas do ponto de vista sindical há outras alternativas no âmbito dos acordos colectivos laborais, isto é, criar-se mecanismos para se conseguir manter estes funcionários dentro do circuito de trabalho”, – reforçou.

Relativamente à cooperação com o Estado sobre despedimentos anárquicos, afirmou que têm recorrido, algumas vezes com sucesso. Referiu que actualmente a organização tem controlado aproximadamente seis mil filiados, contra os mais de 15 mil de 2014, integrados em 29 empresas de indústrias, sendo Luanda com 12, Huíla, Benguela, Huambo e Cuanza-Norte com três cada e Cabinda com duas.-