Jair Bolsonaro esfaqueado em acção de campanha

Jair Bolsonaro esfaqueado em acção de campanha

Ferimento foi “apenas superficial”, informou o filho do candidato de extrema-direita à presidência nas redes sociais. Bolsonaro diz que se for eleito vai tirar o Brasil da ONU

O candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro foi esfaqueado a meio da tarde de ontem numa acção de campanha em Juiz de Fora, noticiou o Diário de Notícias.

A Polícia Militar anunciou que o suspeito do crime já foi detido mas não foi revelada a sua identidade. Segundo o filho, Flavio Bolsonaro, o ferimento foi superficial. Bolsonaro foi transportado de imediato para o hospital e segundo uma fonte da família está livre de perigo e a sentir-se bem.

No Twitter, Flavio Bolsonaro publicou um post a informar o que aconteceu ao pai: “Jair Bolsonaro sofreu um atentado agora em Juiz de Fora, uma estocada com faca na região do abdómen. Graças a Deus, foi apenas superficial e ele passa bem.

Peço que intensifiquem as orações por nós!” No decurso desta agressão, a agenda do candidato foi interrompida. Segundo a Polícia Federal, vai ser instaurado um inquérito para apurar a agressão que aconteceu enquanto o candidato era carregado por apoiantes no momento em que sofreu o ataque. Segundo a Polícia Federal, que é responsável pela integridade dos candidatos, Bolsonaro fizera questão de ser acompanhado pela força policial.

A Polícia considera que o “ferimento é superficial”, mas garantiu que ia acompanhar atentamente o que aconteceu em virtude da sua gravidade. Em comunicado oficial, a Polícia Federal resumiu assim o episódio: “A Polícia Federal informa que o candidato à Presidência da República, Jair Messias Bolsonaro, contava com a escolta de polícias federais quando foi atingido por uma faca durante um acto público na cidade de Juiz de Fora/ Minas Gerais.

O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado um inquérito policial para apurar as circunstâncias do facto”. Em alta nas sondagens A agressão a Jair Bolsonaro (PSL) acontece no dia em que foram anunciadas as sondagens mais recentes. O candidato continua a liderar as sondagens num cenário sem a presença de Lula da Silva, cuja candidatura foi indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral nesta semana.

O deputado e capitão do exército na reserva, de extrema-direita, soma 22%, mais dois pontos do que na anterior pesquisa. Seguem-no, rigorosamente empatados, Marina Silva (Rede), de centro, que não subiu face à última sondagem do Instituto Ibope, e Ciro Gomes (PDT), de centro-esquerda, com aumento de três pontos nas intenções de voto, ambos na casa dos 12%.

No quarto lugar está Geraldo Alckmin (PSDB), de centro direita, com nove pontos, mais dois do que na pesquisa de 20 de Agosto. Em quinto, também com subida de dois pontos e agora com 6%, está Fernando Haddad, de centro-esquerda, o substituto de Lula ainda não oficializado pelo PT. Em contrapartida, Bolsonaro é também o presidenciável mais rejeitado: 44% dos 2200 ouvidos pelo Ibope não votariam “de forma alguma” no deputado.

Os outros principais candidatos têm taxas de rejeição entre os 20% e os 26%, sendo que Haddad passou de 16 para 23 pontos. O liberal João Amoêdo (Novo) continua a subir, chegando agora a 3%, tantos quantos Álvaro Dias (Podemos), de centro-direita, e mais um do que Henrique Meirelles (MDB), também da mesma área política.

O Instituto de sondagens Ibope divulgou um comunicado a explicar que, como a pesquisa foi efetuada entre os dias 1 e 3 de Setembro, já depois do Tribunal Superior Eleitoral ter vetado Lula, decidiu não incluir o seu nome.

Manuela D’Ávila, do PCdoB, eventual candidata a vice-presidente de Haddad, reagiu pelas redes sociais dizendo que “primeiro prenderam o Lula e ele continuou a subir nas sondagens, agora prenderam as sondagens”.

 

Fonte: DIÁRIO DE NOTÍCIAS