Destruídas mais de 21 mil residências por fenómenos naturais

Destruídas mais de 21 mil residências por fenómenos naturais

Vinte e uma mil e 466 residências foram destruídas em consequência das inundações e outros fenómenos naturais no país, entre 2014 a 2018 afirmou ontem, Sábado o secretário de Estado do Interior para o Asseguramento Técnico, Hermenegildo Félix.

A informação foi avançada durante a sessão de encerramento da feira sobre “Redução de Risco e Desastres” (RRD) sob o lema “O Aumento das Perdas Económicas Causadas Por Mudanças Climáticas”, em alusão ao Dia Internacional para a Redução de Desastres comemorado anualmente a 13 de Outubro.

O secretario de Estado certificou que em Angola, as enxurradas e as inundações têm sido os fenómenos naturais que mais mortes e danos materiais provocam, deixando igualmente críticas as infra-estruturas da Saúde e da Educação.

Segundo dados do Escritório Internacional das Nações Unidas Para a Estratégia de Redução do Risco de Desastres (Unisdr), mais de 90 por cento das catástrofes mundiais estão relacionadas com a água, pelo seu excesso, ou pela sua falta. Para si, esse cenário compromete todo o processo de desenvolvimento que tem sido levado a cabo pelo Executivo angolano, com o aumento dos custos financeiros em desastres.

Hermenegildo Félix disse que todos os anos as calamidades causam um prejuízo global de cerca de 520 bilhões de dólares americanos. “Em Angola, em cada 100 mil pessoas, pelo menos 860 dessas são afectadas e uma morrem em consequência das inundações”, acrescentou. Segundo a representante do Fundo das Nações Unidas Para a População (FNUAP), Florbela Fernandes, as alterações climáticas extremas levam cerca de 26 milhões de pessoas a enfrentar a pobreza e 18 milhões de pessoas
foram forçadas a viverem como deslocadas.

Para a responsável, as mulheres são geralmente as que mais sofrem perdas económicas a seguir a uma tempestade, inundação ou período de estiagem e por esse motivo são importantes para construção da resiliência.

Organizada pela Comissão Nacional de Protecção Civil, em parceria com o Fundo das Nações Unidas Para a População (FNUAP), a feira decorreu nos dias 12 e 13 do corrente mês. Participaram no evento, os secretários de Estado da Saúde, José Cunha, da Comunicação Social, Celso Malavoloneke, bem como representantes dos sectores da Educação, Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), Direcção Nacional de Viação e Trânsito, entre outros.