Cooperativa Aurora Impulo pretende criar zona franca em Quilengues

Cooperativa Aurora Impulo pretende criar zona franca em Quilengues

A cooperativa Aurora Impulo pretende investir numa zona franca no município de Quilengues, província da Huíla, com mais de 6 mil indústrias de diversos ramos, nacionais e internacionais para impulsionar a economia nacional, fez saber o vice-presidente da referida cooperativa, Almeida Pinho.

O Após tomar conhecimento dos incetivos fiscais anunciados pelo Governo, a cooperativa Aurora Impulo resolveu remeter à autorização para o surgimento de uma zona franca, no município de Quilengues. Explica que a zona Franca a ser implementada terá 80% de indústrias, 10 % de serviços e igual percentagem para o comércio. De modo a competir os outros países. “Temos de ter indústrias de qualidade para competir com outros países”, referiu. O principal objectivo do surgimento da zona franca é apoiar a cooperativa e fomentar a indústria no país.

Neste momento, diz, os contactos já estão a ser feitos, pelo que aguardam apenas pelo visto dos investidores para começar a fazer a campanha, de modo a trazer empresários e turistas para o país. Segundo o homem de negócios, com a implementação da zona franca, o país vai deixar de importar produtos e os empresários não terão necessidade de viajar para comprar determinadas mercadorias. Por outro lado, vai empregar milhares de pessoas directas e indiretamente, e vai tirar a pressão das províncias como Benguela, Bié, Huambo e Luanda. Na sua opinião, com a implementação do referido projecto, os agricultores irão aumentar os níveis de produção porque terá mercado para receber os produtos e maioria será exportada para outros países. “Existem 4 mil zonas francas no mundo e cada uma delas factura mais de 8 mil milhões, anualmente”, avançou.

Mais de 200 associados

Durante a conversa, Almeida Pinho disse que a cooperativa pediu financiamento para os empresários investirem nas fazendas. Neste momento, o projecto conta com mais de 200 associados e produz milho, ração e o tomate e conta com um investimento de USD 200 milhões. Segundo o vice-presidente, Almeida Pinho, a cooperativa recorreu ao Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA) para financiar o projecto e tem como principal objectivo apostar no sector agrícola e no agro-industria, nomeadamente, a fábrica de tomate, curtumes e leite. Por esse motivo, o projecto está virado apenas ao sector agrícola por falta de financiamento para integrar a agro industria.

Outra preocupação do empresário tem a ver com a desasesorar os rios que inundam as fazendas e destroem a produção. Segundo o representante da cooperativa, foi enviada uma carta ao ministro da Agricultura, Marcos Nhunga, solicitando apoio para desassorear os rios, porque encontram- se cheios de areia, para permitir maior produção. Também solicitou a implantação de furos de água para construir reservatórios de 50 mil metros cúbicos para reservar em tempo de seca e a instalação de energia elétrica. A implementação de quatro pontes que já foram aprovadas pelo Ministério das Obras Públicas e a reabilitação das estradas que têm dificultado o escoamento dos produtos agrícolas. “Os produtos agrícolas chegam em mau estado de conservação, por falta de estradas asfaltadas”, conta. A fazenda que dirige conta com 10 hectares de terra, produz girassol e massambala, por serem mais resistentes à seca e a partir do mês de Maio começa com a produção de tomate.

O que é zona franca?

Uma zona franca é uma área específica que se destina à industrialização com fins de exportação e que apresenta vantagens fiscais para as empresas. Trata-se de um espaço do território de um Estado nacional onde a legislação aduaneira é aplicada de forma diferenciada ou simplesmente não se aplica, pelo que as mercadorias de origem estrangeira podem entrar e permanecer ou então ser transformadas sem estar sujeitas ao regime tributário normal. À entrada e à saída de mercadoria numa zona franca dá-se o nome de importação e exportação, respetivamente. A permanência dos produtos dentro da zona pode ser indefinida, já que não existem prazos para a sua extração ou retirada