Novo ataque de grupo rebelde na RDCongo provoca um morto entre as milícias

Novo ataque de grupo rebelde na RDCongo provoca um morto entre as milícias

Um novo ataque do grupo de rebeldes Mai Mai a uma posição das Forças Armadas da República Democrática do Congo (RDCongo) na periferia de Beni, na província de Nord-Kivu, no leste, provocou um morto, disseram ontem fontes militares.

Na ofensiva, lançada por cerca de 50 rebeldes num momento em que quatro generais do Exército da RDCongo estavam reunidos, dois outros elementos da milícia foram capturados.
A posição das Forças Armadas da RDCongo, consideradas estratégicas por se tratar de um posto de comando das operações Sokola 1, tinham sido atacadas há dez dias, presumivelmente pelas Forças Aliadas Democráticas (FAD).
O ataque de hoje, com duas vagas, sucedeu ao realizado no domingo, em que Mai Mai matou 13 civis e sequestrou 12 crianças, numa ação a um centro de intervenção contra a epidemia de ébola em Beni.
As operações para conter a epidemia de ébola naquela região a leste da RDCongo foram suspensas devido ao ataque, interrompendo-se o trabalho de deteção de eventuais novos casos de contaminação.
Dias antes, os rebeldes Mai Mai atacaram um destacamento do Exército da RDCongo e mataram dois agentes de saúde na província de Nord-Kivu, a leste do país africano, atingida pela epidemia de ébola.
O ministro da Saúde da RDCongo, Oly Ilunga, afirmou, no sábado, que os dois elementos, que se encontravam desarmados, numa zona com muitos grupos armados, foram mortos quando os rebeldes irromperam de uma floresta e dispararam tiros.
Oly Ilunga afirmou que se admite que os rebeldes premeditaram o ataque ao destacamento do Exército congolês, no qual estavam os dois agentes médicos para assistirem os elementos oficiais de saúde, numa região em que existe uma epidemia de ébola, declarada em 01 de agosto.
Esta epidemia, que provocou já 153 mortos, segundo dados de sábado da Organização Mundial de Saúde, foi declarada em Mangina, estendendo-se até Beni, baluarte do grupo armado ADF, que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.