UNITA considera “deplorável” a condição social das populações

UNITA considera “deplorável” a condição social das populações

Isaías Samakuva quer revisão urgente da Constituição para normalizar a vida do país e das suas instituições.

O presidente da UNITA, Isaias Samakuva, considerou ontem, em Luanda, que no novo ciclo político de Governação a situação social das populações degradou-se. O líder do maior partido na Oposição que fez este pronunciamento quando reagia ontem ao discurso sobre o Estado da Nação, proferido pelo Presidente João Lourenço na abertura do ano legislativo no Parlamento no passado dia 15 de Outubro, referiu que há alegados estudos que indicam que mais de 50 por cento dos angolanos não têm acesso às três refeições recomendadas ao dia.

O líder do “galo negro”, diante dos membros do seu partido e representantes da Comunidade Internacional apesar de tecer criticas à governação do Presidente Lourenço, reconhece que o país está a viver um momento político “inédito” da sua história, marcado pela correcção daquilo que está mal. Em relação ao epicentro do discurso, Samakuva lamenta ter sido confundido com a apresentação de contas públicas, sem que no entanto esclarecesse o nível de implementação de algumas das promessas eleitorais com destaque para a criação dos 500 mil empregos e postos de trabalho.

“O Estado da Nação não pode ser confundido com a apresentação de números sobre as contas públicas mas, ao estado espiritual e as aspirações das populações”, referiu o dirigente partidário. Noutro campo de desenvolvimento, Isaías Ngola Samakuva, insistiu na despartidarização das instituições de forma a normalizar o país. Para tal, Samakuva defende que seja revista a Constituição, visando aperfeiçoar os mecanismos que assegurem os direitos, garantias e liberdades fundamentais, bem como a descentralização do poder. Sobre o desempenho do Parlamento, Samakuva diz esperar por melhorias na perspectiva da assumpção das suas reais funções de fiscalização.