Festival Arena Artes prossegue no Cearte com várias atracções no domínio artístico

Festival Arena Artes prossegue no Cearte com várias atracções no domínio artístico

Aberto com pompa e circunstância esta Terça-feira, pela secretária de Estado da Cultura, Maria Piedade Jesus, o festival vai agora na sua II edição, centralizando as atenções dos estudantes das diferentes áreas de formação artística da referida instituição

Texto de: Augusto Nunes

O átrio do Complexo das Escolas de Arte do Camama, em Luanda, volta a ser o palco de uma edição do Festival Arena das Artes – CEARTE, a de 2018, reunindo professores e estudantes daquele Centro de Formação Artística.

O festival inclui um leque diversificado de atracções, desde as artes cénicas, a música, a dança, exposição de artes plásticas, cinema, feira da arte e do empreendedorismo, workshops, entre outras que prolongar-se-á até Sexta-feira, 26.

O evento iniciou com a apresentação de uma rapsódia pelos estudantes daquela instituição de formação artística e uma peça teatral retratando o percurso das artes em Angola. Prosseguiu com uma visita guiada à Feira da Arte do Empreendedorismo no Espelho de Água, a exposição “Diálogos, Personagens, Territórios e Situações “ e terminou no hall do auditório com a visita à exposição “Da Aldeia do Bairro Passando pela Cidade e a Mulher no Centro de Tudo”, do professor Gilberto Capitango, com a curadoria de Artur Vidal.

Posteriormente, seguiu-se o momento musical envolvendo canto, piano, violino e flauta, pelos estudantes do CEARTE, o palco experimental com os funcionários da instituição, o workshop com o tema O Artista como Empreendedor, dança e uma homenagem ao professor Lali Salvador, pelos seus 36 anos de dedicados à formação artística.

Na ocasião, secretária de Estado da Cultura, Maria Piedade Jesus, em representação da titular da Pasta, Carolina Cerqueira, enalteceu a iniciativa do CEARTE, encorajou a direcção desta instituição de formação a prosseguir na construção do homem novo, municiando-os de ferramentas que os auxilie na integração social, no empreendedorismo juvenil, bem como na elevação do seu intelecto.

A dirigente salientou que a arte é uma das melhores maneiras de o ser humano expressar os seus sentimentos e emoções e é representada de diversas formas: através da pintura plástica, da escultura, do cinema, do teatro, da dança, da música, da arquitetura, entre outras. Recordou que a arte demonstra que o ser humano possui identidades, quer individuais quer colectivas, quando se refere aos anseios, aos sonhos, aos questionamentos, a capacidade criadora e a busca incessante pelo conhecimento.

Salientou que é nesta perspectiva que gravita o papel do CEARTE como uma mais – valia para todo o povo angolano, ministrando os cursos de artes visuais e plásticas, dança, música, teatro e cinema, contribuindo-se desta forma para a formação de 2 mil e 500 alunos, distribuídos em 24 salas de aula, com 48 turmas, um laboratório de química e um de física, uma biblioteca, um pavilhão multi-usos, um posto médico, um refeitório e um anfiteatro ao ar livre.

A governante entende que no cumprimento da sua responsabilidade funcional, destinada à formação de profissionais, nomeadamente intérpretes, criadores e docentes em diversas áreas culturais, inserindo-se no domínio artístico especializado, o CEARTE conduza os seus educandos a compreenderem as três funções clássicas da arte que se adecuam a contemporaneidade: A primeira, segundo Maria Piedade Jesus, é a arte como produto comercial que atente os interesses específicos de diferentes grupos sociais e a segunda, a arte como forma de conhecimento, que consiste numa aproximação da realidade, sem intenção de espelhar a mesma, mas uma representação, uma interpretação da realidade.

A terceira é a arte como criação, também denominada de arte como ideologia tanto da forma de arte assim como de conhecimento. O festival prossegue hoje com outras atracções.