Cofre beneficia 170 associados com casa própria no Zango

Cofre beneficia 170 associados com casa própria no Zango

O Cofre de Previdência do Pessoal da Polícia Nacional (CPPPN) beneficia amanhã 170 membros com casas de tipologias T2 e T3 no Complexo Residencial Oásis do Zango III, em Luanda.

Com a entrega das referidas residências no projecto Oásis do Zango III, a associação mutualista dos polícias eleva para 731 habitações já atribuídas, das cerca de 1.000 residências construída até ao momento. O evento, a ser orientado pelo presidente da Mesa da Assembleia- Geral, comissário-geral Paulo Gaspar de Almeida, contará com a presença de entidades convidadas, bem como de membros do Conselho Consultivo da Polícia Nacional. A realização do referido acto insere- se no âmbito da estratégia da direcção do Cofre de Previdência dos polícias, de implementar acções que visem melhorar as condições de habitabilidade dos seus associados e famílias.

O Cofre de Previdência do Pessoal da Policia Nacional, ou simplesmente CPPPN, é uma associação mutualista de utilidade pública pertencente ao efectivo da Polícia Nacional criada a 23 de Dezembro de 1933, portanto, ainda no período colonial. Tem como principal objectivo assegurar a protecção social especial e complementar dos associados e respectivas famílias, proporcionando- lhes os benefícios estatutários. Importa referir que os estatutos do CPPPN preveem, como benefícios, modalidades para as quais os associados se habilitam como a pensão de reforma por velhice e ou invalidez e o subsídio por morte.

Tem acesso a estes serviços todo o associado com as quotizações em dia. Para as demais modalidades, como a pensão de sobrevivência, de maternidade, de saúde e outras que eventualmente venham a ser adoptadas para efeitos de benefícios, todo o associado deve descontar um valor a ser determinado em função do cálculo a ser determinado ou dos custos inerentes. Todos os benefícios acima referidos são concedidos aos associados (efectivos da Polícia Nacional) e aqui estão incluídos os trabalhadores civis, com as quotas em dia e em pleno gozo dos seus direitos.

Direcção minimiza críticas

À testa da instituição encontra-se há 13 anos, dois dos quais como chefe da comissão de gestão, o comissário Luís Alexandre, que, em entrevista exclusiva a OPAÍS, minimizou as críticas que lhe foram recentemente dirigidas por associados via órgãos de imprensa, considerando a mesmas “um paradoxo”. Interrogado sobre o assunto, o comissário Luís Alexandre defendeu- se dizendo que “é um paradoxo alguém contestado mas a ganhar de forma folgada os escrutínios”. Para ele, o seu trabalho só pode ser entendido por aqueles que conhecem a realidade e seriedade do mesmo. Afirmou que nesta condição só estão os associados, que, em pleitos justos e transparentes, têm preferido a sua continuidade. “Atenção que estamos a falar de órgão pertencente a uma instituição de prestígio e vertical, como é a Polícia Nacional. Os dados sobre o nosso trabalho são públicos, os nossos documentos oficiais fazem referência a isso e podem ser consultados pelos interessados. Nas assembleias gerais ordinárias, realizadas ao longo desse período de mandatos, recebemos sempre feedback positivo”, referiu.

O oficial comissário da Polícia Nacional justifica o crescimento da instituição que dirige como sendo consequência da “visão estratégica adoptada pela direcção, que resultou na redinamização do Cofre, como se impunha, o que permitiu identificar os principais eixos de gestão, como a inventariação do patrimônio, a massificação da adesão de associados, a identificação das principais necessidades dos associados e a criação de projectos virados para a sua satisfação”. Segundo explicou, quando assumiu os destinos da instituição a mesma tinha pouco menos de 17 funcionários, cerca de 9 mil associados e 53 pensionistas. Não tinha nenhum terreno, nem um bairro residencial, ou uma casa de passagem. No património imobiliário constavam três edifícios. Não tinham nenhum projecto habitacional realizado. “Hoje possuímos mais de 100 funcionários, cerca de 120 mil associados, mais de 700 pensionistas, cerca de cinquenta terrenos nas diferentes províncias, cinco bairros residenciais, quatro casas de passagem, doze edifícios, etc.”

Resultados financeiros

Luís Alexandre referiu que os activos do Cofre alcançaram a cifra de 77,72 mil milhões de Kwanzas em 2017, distantes dos 3,7 mil milhões de Kwanzas em 2006, quando chegou à gestão da instituição. Na sua óptica, foi a melhoria e a especialização dos serviços de atendimento, desde os cuidados de saúde a obtenção de casas e os empréstimos, que contribuem fortemente na melhoria das condições sociais do efectivo do Polícia Nacional, que fez a diferença. Disse que os principais eixos estavam consubstanciados na reengenharia em termos de organização interna e massificação da adesão de novos sócios. Isso foi alcançado com o processo de cadastramento desenvolvido nos primeiros quatro anos de gestão. “Focamos as nossas atenções nos associados, olhando para aquilo que são as suas principais inquietações”.