Refinaria de Luanda continua a cobrir 20% das necessidades do país

Refinaria de Luanda continua a cobrir 20% das necessidades do país

A Refinaria que assiste uma intervenção desde o início do presente ano, fruto de uma parceria entre a Sonangol e a companhia italiana ENI, continua a cobrir apenas 20 por cento das necessidades do país..

A Refinaria de Luanda cobre apenas 20% das necessidades de derivados de petróleo no país, como a gasolina e gasóleo. Por esse motivo, há necessidade de se fazer uma reforma no sector, com o objectivo de aumentar os níveis de produção, fez saber o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo, durante um encontro com jornalistas, ontem, em Luanda. Nos próximos anos, o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo dará continuidade à construção da Refinaria do Lobito, com capacidade de 200 mil barril/dia, já a de Luanda irá ser reestruturada, de modo a aumentar a produção, enquanto Cabinda irá contar com uma refinaria com capacidade de 60 mil barris.

O objectivo é atender as necessidades que o país tem. Segundo o titular da pasta dos Recursos Minerais, Diamantino Azevedo, há necessidade de investir em refinarias, de modo a desenvolver a indústria petroquímica. Por outro lado, disse ser preciso aumentar a capacidade de fertilizantes para o sector da agricultura. “Há inúmeras vantagens no surgimento de refinarias e podemos exportar derivados de petróleo. E vamos desenvolver outros sectores”, defende. Segundo o responsável, com o surgimento das refinarias é preciso olhar para todos os aspectos, tal como a produção, pagamento de dívidas, necessidades de aquisição de divisas e outros aspectos.

Diamantino Azevedo referiu que, muitos estão interessados em entrar no negócio de lubrificante com o surgimento de fábricas e enchimento, daí a necessidade de investir na indústria petroquímica. “Das mais de 100 propostas, seleccionamos apenas três, numa primeira fase. Estamos a ser pressionados para abrir uma refinaria no Namibe com 400 barril/ dia, porém achamos não ser oportuno”, disse. Segundo o responsável, há potencial no país para o aumento de reservas, por essa razão estão a ser criadas leis que já começaram a ter resultados. A principal meta é aumentar o armazenamento em terra, por esse motivo, foi criado o Instituto Regulador para fazer o levantamento de capacidade e empresas interessadas.

Tal como aumentar os postos de abastecimento, fazer o mapeamento de todas as áreas. “Também estamos a trabalhar para não criar instabilidade, estamos a trabalhar com credores, parceiros e algumas actividades continuarão a ser feitas pela Sonangol”, disse. Questionado sobre o projecto PLANAGEO, Diamantino Azevedo referiu que a falta de dinheiro para dar continuidade permitiu que sofresse alguns ajustamentos e perspectiva-se encerrar em 2020. No entanto, o programa irá fornecer informações sobre as anomalias e ocorrências baseadas em mapas O responsável salientou que foi priorizado o levantamento aéreo geofísico, infra-estruturas, tal como o laboractório central em Luanda e os escritórios.

O laboratório na Lunda-Sul estará focado para a prospeção de diamantes, já o laboratório no Lubango vai tratar os estudos de águas subterrâneas, tendo em conta os problemas de seca que há naquela região e o apoio de rochas ornamentais. Questionado sobre o processo de exploração de ferro no Cuando- Cubango referiu que trata-se de um projecto privado e a primeira fase será entregue no mês de Março de 2019. Já o projecto de cobre no município no Maquela do Zombo, província do Uíge, está na fase de viabilidade e foram concedido mais dois anos para fazer a prospecção.