O novo velho Brasil

O novo velho Brasil

Angola, Rússia, China, África do Sul e até a Venezuela, país que expulsou o embaixador brasileiro, apressaram-se a felicitar Jair Bolsonaro mal se soube do resultado eleitoral no Brasil. Ele ganhou, é o Presidente-eleito.

Por: José Kaliengue

A 1 de Janeiro passará a ser o Presidente efectivo, em funções. Cada um destes Estados tem uma orientação mais para a esquerda política, Bolsonaro é um rosto de uma nova extrema-esquerda ao jeito do sulamericano que faz lembrar muito os capitães e coronéis de província que as telenovelas brasileiras nos revelaram. Homem que resolve os assuntos na bala, como ele próprio prometeu.

Ainda na madrugada de ontem o vi a negar na BandNews que o Brasil tivesse tido uma ditadura. Vamos esperar que dê mais para Trump do que para Duterte, ou, se calhar, o melhor é sair mesmo um Duterte, que mata a cobra e mostra o pau.

O Trump só agita e depois outros vão matar judeus na sinagoga, quem assim diz é a própria comunidade vitimizada de Pittsburgh. Mas, então, e as felicitações? Talvez fossem para lembrar a Bolsonaro que prometeu sair da ONU, que há compromissos e alianças internacionais a respeitar, ou para não o perder.

Para já, ele anunciou a intenção de visitar Pequim tão depressa quanto possível, pois sabe bem do quanto valem as exportações de cereais e de carnes para a China. Nisto, ele não tem plano B, resta saber que plano B têm os brasileiros se ele resolver cumprir as suas ameaças.

Bem, isto de plano B, quem o tem é o juiz Sérgio Moro, pelos vistos, que admite deixar a magistratura para entrar no novo Governo… talvez se comece a duvidar da sua lisura ao pôr Lula na prisão, talvez, apenas.