Investimentos da Polónia em Angola rondam os USD 30 milhões por ano

Investimentos da Polónia em Angola rondam os USD 30 milhões por ano

O volume de investimentos da Polónia em Angola ronda os 30 milhões de dólares anualmente, um valor considerado abaixo das expectativas, tendo em conta a dimensão das relações entre os dois países

A informação foi avançada pelo embaixador da Polónia em Angola, Piotr Mysliwiec, quando falava por ocasião dos 100 anos de recuperação da independência da Polónia, que hoje se assinala. De acordo com o diplomata, que falava à Angop, o seu país encaminha, principalmente, os seus investimentos para a área da educação, como, por exemplo, o projecto de construção e apetrechamento da Academia de Pesca e Mar, na província do Namibe e a cedência de bolsas de estudo a estudantes angolanos.

A Polónia pretende estender os seus investimentos aos sectores de transportes públicos e cultura, para apoiar na identificação e preservação de sítios históricos. Dentre os projectos em carteira, referiu que o seu país quer manter, futuramente, cooperação na área de geminação entre cidades angolanas e polacas, tendo adiantado já existirem contactos com responsáveis de algumas províncias, como por exemplo a do Huambo. Segundo informou, a par de investimentos públicos, há também interesse por parte de empresários polacos privados em investir em Angola, tendo em conta as mudanças actuais positivas registadas no país.

Piotr Mysliwiec disse que os empresários polacos pretendem investir na construção de um hospital, uma fábrica de cimento, bem como na criação de uma fazenda-modelo para ajudar a desenvolver a agricultura. A Polónia exporta para Angola, entre outros, produtos alimentares, metais, químicos, recebendo do lado de Angola pedras ornamentais da Huíla e Namibe.

As relações diplomáticas entre a Polónia e Angola tiveram início pouco depois da proclamação da independência de Angola (a 11 de Novembro de 1975). Foi no dia 11 de Novembro de 1918 que a Polónia reapareceu no mapa da Europa, ao mesmo tempo que outros países da região da Europa Central, depois de ter ficado dividida entre três grandes vizinhos e ter desaparecido dos mapas por 123 anos.