Presidente da Etiópia recebe chefe da diplomacia angolana

Presidente da Etiópia recebe chefe da diplomacia angolana

O ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, foi recebido, em audiência, pela nova presidente da Etiópia, Sahle-Work Zewide, com quem analisou as perspectivas de cooperação entre os dois países.

De acordo com uma nota de imprensa da representa ção diplomática de Angola a que a Angop teve acesso esta Terça-feira, o encontro teve lugar na Segunda-feira, último dia da sua estadia em Addis- Abeba, onde chefiou a delegação angolana à 11ª Cimeira Extraordinária da União Africana, de 17 a 18 de Novembro, voltada ao processo de Reformas Institucionais.O chefe da diplomacia angolana aproveitou a oportunidade para apresentar cumprimentos e felicitações do Presidente da República, João Lourenço, pela eleição de Sahle-Work Zewide a presidente da República Federal e Democrática da Etiópia, tornando- se na primeira mulher a exercer o cargo.

No mesmo dia, Manuel Augusto manteve um encontro de trabalho com o seu homólogo da Etiópia, Workneh Gebeyehu, e ambos discutiram, mais em detalhe, as perspectivas de cooperação entre os dois países “que vivem processos similares e registam novas dinâmicas, tendentes a acelerar a recuperação económica e a integração africana, como factor de desenvolvimento continental”. O governante afirmou que há interesse em que se realizem encontros, ao mais alto nível, entre entidades dos dois países. “Naturalmente combinámos prosseguir este trabalho de consultas, até porque, como sabem, a Etiópia é um país que se situa numa zona muito importante do nosso continente e tem um papel fundamental, na estabilidade e paz de África”, considerou.

Na sequência da sua agenda, o ministro foi recebido pelo presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahmat, com quem passou em revista assuntos da actualidade da organização continental, nomeadamente os resultados da cimeira terminada no Domingo, dedicada fundamentalmente ao plano de Reforma, liderado pelo presidente do Ruanda, Paul Kagame. O referido plano, disse, mereceu a aceitação dos seus pares depois de um período significativo de discussões e negociações entre os vários interessados.

Com o presidente da CUA “também prestamos uma informação sobre a realidade do nosso país, o processo de reformas em curso e, sobretudo, os esforços que são levados a cabo sob a direcção do Presidente João Lourenço, no sentido de trazer o nosso país de volta a um programa de desenvolvimento económico, harmonioso, usando todas as valências humanas e materiais que o nosso país tem”. Ao dirigente continental, o governante prestou também uma informação sobre a Operação Transparência, que tem lugar no Leste e Nordeste de Angola e que, sublinhou, tem sido objecto de informações deturpadas em alguns órgãos internacionais.

“Foi uma ocasião para recebermos do Presidente da Comissão da União Africana a solidariedade e o apoio total da CUA nesta luta que o governo da República de Angola decidiu desencadear contra as redes criminosas de tráfico de diamantes e de outras práticas nocivas”, asseverou. Moussa Faki manifestou total disponibilidade da Comissão em tudo fazer, lá onde se julgar necessário, “para apoiar este direito soberano do Governo e do povo angolano”. Manuel Augusto encontrou-se também, antes, com o presidente da Guiné Conacry, Alpha Condé, a fim de esclarecer os propósitos da Operação Transparência, à semelhança do que fez com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, do Mali, e da Gâmbia. O chefe da diplomacia de Angola frisou que a medida visa acabar com o garimpo de diamantes, sem estar direccionada, especificamente, a cidadãos desta .