Cacuaco considera insuficiente espaço de exposição

Cacuaco considera insuficiente espaço de exposição

O administrador municipal de Cacuaco, Augusto José, considerou ontem insuficiente o espaço de nove metros quadrados concedido a cada município para expor as suas potencialidades na 3ª feira dos municípios e cidades de Angola (FMCA), que terminou Sábado, em Benguela

Em declarações à Angop, a margem da sua participação na FMCA, aquele responsável informou que Cacuaco trouxe alguma amostra daquilo que é produzido localmente, tanto no domínio agrícola como industrial, mas que não veio para competir.

“Trouxemos alguns meios agrícolas e industriais produzidos na nossa circunscrição, nomeadamente pimento, ananás, abacate, mamão, hortícolas, pepino, entre outros”, apontou.

Segundo Augusto José, o sector industrial de Cacuaco esteve minimamente representado, com amostras de produção de derivados de peixe, enchidos, refrigerantes, produtos de fibrocimento, água de mesa, garrafas de vidro e outros meios.

Ainda assim, disse não ser possível expor as potencialidades de um município num espaço tão pequeno, pelo que a circunscrição está a ter uma presença apenas participativa e não competitiva. Por outro lado, referiu que se aguarda pela implementação do Plano Director Municipal, de modo a se melhorar as vias de acesso, escolas, apetrechamento de centros médicos e o aumento do policiamento junto das comunidades.

Reconheceu, no entanto, que a situação de segurança no município de Cacuaco ainda não é a melhor, mas que se comparada com a do ano de 2017, já se pode notar melhorias. “Vamos continuar a aperfeiçoar não só a participação dos órgãos de asseguramento, mas também envolvendo mais as próprias comunidades para o bem comum – a segurança colectiva, por via das comissões de moradores”, defendeu o administrador Augusto José.

Por seu lado, a administradora municipal do Kilamba Kiaxi, Albina Guilhermina Luísa apontou a presença na sua comitiva do “homem apito”, como uma das surpresas da feira. Trata-se de Dabokele David, um jovem de 28 anos de idade que, de modo natural, voluntária ou involuntariamente, sempre que tocado em qualquer parte do corpo solta som ao estilo de um apito, isso desde o seu nascimento em 1990.

Disse que, tendo em conta a localização geográfica do município do Kilamba Kiaxi, na província de Luanda, a urbe não tem produção agrícola, mas está a promover o empreendedorismo, daí que trouxe o fenomenal Dabokele David, que atraiu milhares de crianças e mulheres curiosas com o fenómeno e uma gama de pedras polidas e esculpidas pelos artesãos do município.

As pedras usadas normalmente na construção civil encontram outro aproveitamento no Kilamba Kiaxi, servindo para decorações de residências, tendo em conta a qualidade do seu polimento e as pinturas que recebem. Além das pedras prateadas ou pintadas ao gosto do cliente, o município trouxe para a feira quadros de boa qualidade e serviços de costura, que estão sendo muito solicitados.

Quanto ao “homem apito” afirmou tratar-se de uma situação única no país, já que os familiares afirmam, segundo a administradora, terem recorrido a vários exames médicos e terapêuticos, sem que a situação fosse alterada. “Não sente dor e nem ele mesmo sabe de onde vem o som na forma de apito, por isso queremos aproveitar o jovem do ponto de vista cultural, para simbolizar que todos podemos viver na diferença, independentemente das condições físicas de cada um”, frisou.

Por outro lado, mostrou-se satisfeita pela saída tanto dos quadros de pintura, das pedras esculpidas e das peças de produção da estilista.