Luanda vai ser capital mundial da Paz em 2019

Luanda vai ser capital mundial da Paz em 2019

A escolha do nosso país para albergar o evento comprova o respeito e a sua credibilidade a nível internacional na defesa da paz, da amizade e fraternidade entre os povos

Por: Antónia Gonçalo

A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, anunciou ontem, em Lisboa, que o país vai albergar em 2019 a Bienal da Paz, que durante cinco anos promoverá o nosso país ao título de capital mundial da paz e da amizade entre os povos dos cinco continentes e da diáspora. Segundo a ministra, que falava durante uma confraternização com artistas e representantes da comunidade angolana em Portugal, o convite foi feito pela directora Geral da Unesco, Sra Andrew Azulay, aquando da visita do Presidente João Lourenço à sede da organização das Nações Unidas da Educação e da Cultura em Julho.

O evento servirá para o país mostrar o potencial cultural e o seu compromisso para com o processo de reconciliação entre os angolanos. A dirigente da Cultura no país avançou que, presidente da república assegurou dar todo o apoio para o sucesso do evento. Deste modo, a escolha de Angola para albergar o evento comprova o respeito e a credibilidade do país ao nível internacional’’no que toca à defesa da paz, da amizade e fraternidade entre os povos, assente numa base de diálogo, de mutualismo e de concertação.

Identidade cultural

Dirigindo-se à comunidade de artistas presentes, a ministra da Cultura apelou aos membros da diáspora para continuarem a dignificar Angola nos actos e iniciativas que contribuam para reafirmar a grandeza da alma e identidade angolanas, através de modelos de resiliência, generosidade e determinação, qualidades que caracterizam os angolanos. Carolina Cerqueira referiu ainda que o novo ciclo político que o país conhece requer de todos patriotismo, comprometimento com a defesa do bem comum e do interesse nacional.

Semana cultural

A semana cultural em Portugal, em saudação à visita do presidente angolano, fez mostras de várias manifestações culturais como moda, gastronomia, música, pintura, dança, artes plásticas e literatura. Valdemar Bastos, Té Macedo, Nadir Tati, Etona, Edy Tussa, Maria Borges, Rose Palhares e Guilherme Guizefe são alguns dos artistas que participaram nas diversas manifestações culturais realizadas na capital portuguesa.

Sobre o evento

A actividade envolveu os países africanos numa corrente destinada à promoção de uma cultura de paz, de harmonia e de irmandade entre os povos através de actividades e manifestações culturais e cívicas, envolvendo as elites africanas e representantes da sociedade civil, autoridades tradicionais e religiosas, assim como intelectuais, artistas e desportistas.

Pretende-se ainda a criação de um movimento africano que possa disseminar a importância da cultura de paz, tendo em conta o desenvolvimento e afirmação dos países africanos em vários domínios, particularmente na defesa dos direitos humanos e das minorias, assim como o combate à corrupção. A comissão organizadora da Bienal da Paz de Luanda é coordenada pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira.