China mais próximo dos países de língua portuguesa

China mais próximo dos países de língua portuguesa

Os ímbolo dos laços cada vez mais próximos e intensos entre a China e os países de língua portuguesa é a ponte de Catembe, inaugurada em Novembro de 2018 pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, uma empreitada avaliada em USD 725 milhões financiadas pela China.

A obra, que inclui a ligação rodoviária entre a margem sul da Baía de Maputo e a Ponta do Ouro, na fronteira com a África do Sul, está na lista das 70 maiores pontes ao nível mundial e é considerada a maior ponte suspensa do continente africano.

Durante a cimeira China-África (FOCAC), em Setembro em Pequim, Filipe Nyusi avistou-se com o presidente Xi Jinping, que lhe reafirmou que “a China apoia firmemente Moçambique na escolha de um caminho de desenvolvimento”. Também o presidente angolano João Lourenço, se reuniu durante a FOCAC com Xi Jinping, de quem obteve garantias de apoio à diversificação da economia do país.

Lourenço voltaria a Pequim em Outubro, para negociar apoios financeiros concretos, que o próprio viria a estimar em USD 6 mil milhões “de fontes diversas”, de acordo com João Lourenço. Numa recente entrevista ao semanário português Expresso, o presidente angolano afirmou que “o dono do dinheiro está sempre no direito de impôr condições” ao país a quem concede crédito, e também que o novo executivo está “a dar passos para daqui para a frente, evitarmos ao máximo a contracção de dívidas com garantia de petróleo”, renegociando contratos do género existentes. Também Cabo Verde se fez representar ao alto nível do FOCAC 2018, tendo como objectivo a obtenção de financiamento para a criação da Zona Económica Especial Marítima (ZEEM) de São Vicente, um centro nacional de congressos, entre outros projectos.

Enquanto Cabo Verde se posiciona para a Nova Rota da Seda, também Portugal deu no ano passado um importante passo para integrar esta estratégia chinesa, através da assinatura, durante a visita a Portugal de Xi Jinping em Dezembro, de um memorando de entendimento bilateral. No documento, que saúda e apoia a Nova Rota da Seda, Portugal e China declaram a sua vontade de “promover a conectividade global em sectores de interesse comum de forma harmoniosa, equilibrada e respeitosa.