Ministro do Interior preocupado com os crimes violentos no seio familiar

Ministro do Interior preocupado com os crimes violentos no seio familiar

O ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, manifestou-se preocupado ontem, em Luanda, com o cometimento de crimes violentos no seio familiar, apesar de considerar o ano de 2018 como tendo sido de importantes realizações no seio da Polícia Nacional. O governante, que falava na abertura do I Conselho Consultivo Alargado da Polícia Nacional, deplorou o facto de alguns destes crimes terem sido praticados por pessoas próximas das vítimas.

Para se reverter o quadro, defende acções enérgicas de todas as estruturas do Estado, dos distintos poderes, das igrejas, das associações e de toda a sociedade. Apontou que foram cometidos por familiares ou pessoas próximas das vítimas, 79 por cento de homicídios voluntários, 90 por cento de ofensas corporais voluntárias, e 74 por cento de crimes de violação, entre outros. Ângelo da Veiga Tavares anunciou que será apresentado em breve um projecto com vista a debelar este fenómeno, de identificar as acções e níveis da intervenção. Informou que, apesar da redução dos crimes violentos no último trimestre do ano de 2018, registou- se um aumento significativo de crimes no ano transacto, sendo alguns não denunciados e registados a partir dos hospitais, e também o número de operações realizadas que permitiram dectectar diversas condutas criminosas.

Principais actividades Durante a sua intervenção, o ministro assegurou que a Polícia Nacional(PN) encerrou o ano de 2018 com importantes realizações no cumprimento do seu papel de garante da ordem e da tranquilidadebe. Com o apoio das outras forças, segundo o governante, a corporação realizou pelo menos 30 importantes acções, com realce para as Operações Relâmpago, Transparência, Resgate e o asseguramento da quadra festiva.

Baixar a criminalidade

Por sua vez, o comandante-geral da Polícia Nacional, comissário- geral Paulo de Almeida, disse estar convencido de que deste encontro sairão estratégias para baixar o índice de criminalidade, e elevar a eficiência e a resposta policial. Para este ano, entre outras actividades, a Polícia Nacional pretende focar a sua maior atenção na unidade e disciplina dos seus efectivos, na formação do pessoal a distintos níveis, na revisão e actualização do modelo de policiamento (nas zonas urbanas, periféricas, suburbanas e rurais). A reorganização, funcionamento e atendimento nas esquadras e postos policiais, na protecção e defesa do pessoal que no exercício da sua função de manter a ordem, a tranquilidade pública põe em risco a sua carreira profissional, são também outras prioridades para este novo ano.